Polícia
Jerominho, fundador da maior milícia do Rio, volta a ser preso
A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (27) o ex-vereador Jeronimo Guimarães Filho, o Jerominho. O ex-político foi condenado por um crime cometido em 2005: extorsão com emprego de arma de fogo, com pena prevista de até 16 anos de prisão em regime fechado.
Jerominho é acusado de ser um dos fundadores da maior milícia do Rio de Janeiro, a Liga da Justiça, atualmente conhecida como Bonde do Ecko, em referência ao miliciano Wellington da Silva Braga, 34 anos, o como Ecko, morto no ano passado.
Ele foi preso em 2007, após ter sido condenado por outros crimes, e cumpria liberdade desde 2018. A prisão desta quinta foi realizada por equipes da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (Polinter).
"Nessa nova condenação as investigações demonstraram que Jerominho seria o líder da milícia denominada Liga da Justiça, e que o grupo criminoso extorquiu motoristas de vans na região de Campo Grande, para que pagassem os valores determinados por criminoso. O crime aconteceu em 2005 e ele foi condenado de maneira definitiva esse ano. O ex-vereador será encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária, onde cumprirá a pena imposta pela Justiça do Rio".
Polícia Civil
A Liga da Justiça é a maior e mais conhecida facção de milicianos do Rio de Janeiro. Seu nome é uma referência ao grupo de super-heróis dos quadrinhos chamado Liga da Justiça, da DC Comics. Ela já foi comandada por Jerominho e seu irmão, Natalino Guimarães, que foi deputado estadual pelo Rio de Janeiro. O grupo criminoso praticava vários crimes na região da Zona Oeste da cidade, tais como homcídios, extorsões, comércio irregular de água e gás, dentre outros.
Polêmica em nomeação
No início dessa semana foi revelado que uma das filhas de Jerominho foi nomeada para assumir cargo de confiança no Governo Rio. Hellen Patricia Guinâncio Guimarães iria atuar na Secretaria de Agricultura, Pesca, Pecuária e Abastecimento.
A filha de Jerominho teve sua nomeação revogada após a revelação.
Ela foi casada com André Malvar, que ao lado de Luciano Guimarães, filho de Jerominho, eram apontados como executores da Liga da Justiça. Os dois cumprem pena em regime fechado.
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