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    Polícia

    Força-tarefa ocupa comunidades na Zona Norte do Rio

    Publicado 19/01/2022 às 7:26 | Atualizado em 20/01/2022 às 18:51 | Autor: Ezequiel Manhães
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    Imagem ilustrativa da imagem Força-tarefa ocupa comunidades na Zona Norte do Rio
    |  Foto: Foto: Reprodução
    Ação marca início do Projeto Cidade Integrada. Foto: Reprodução

    O governo do Estado do Rio começou no fim da madrugada desta quarta-feira (19) a retomada do território da comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte da cidade do Rio. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM), os policiais também estão atuando em comunidades próximas, como a de Manguinhos, Bandeira II e Conjunto Morar Carioca. A ocupação marca o início do Projeto Cidade Integrada que o governo do estado do Rio vai desenvolver em comunidades fluminenses.

    As ações da corporação na região têm a participação de equipes dos batalhões da Zona Norte do Rio, do Comando de Operações Especiais (COE) e da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) também atua na ocupação para cumprir 42 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão de adolescentes. De acordo com a Sepol, a ação conta com 1,2 mil policiais, sendo 400 civis e 800 militares.

    No dia 6 de maio de 2021, a Operação Exceptis, realizada pela Polícia Civil do Rio do Janeiro no Jacarezinho, resultou na morte de 28 pessoas, entre elas, o policial civil André Farias. A ação foi considerada a mais letal feita no Rio.

    Cidade Integrada

    O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou em seu perfil no Twitter que vai apresentar, no sábado (22), as medidas que vão integrar o projeto Cidade Integrada em duas comunidades do Rio.

    “No sábado, vou detalhar os projetos que serão iniciados de maneira permanente em duas comunidades. E que servirão de modelo para outros importantes lugares que sofrem com a ausência de serviços e programas que realmente colaborem para melhorar a vida de quem mora nessas áreas”, revelou.

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que apoia a iniciativa e que o município vai trabalhar junto com o estado pelo bem da população.

    “Saúdo a iniciativa do governo do Estado em implementar uma política pública de restabelecimento do poder do Estado em todas as áreas do nosso território. Tenham a certeza de que a prefeitura apoiará, como sempre, qualquer ação que traga melhorias para a população carioca”, postou no Twitter.

    Apesar disso, o prefeito ressaltou que foi informado pelo governador ontem à noite sobre a ocupação e que não houve planejamento prévio com a prefeitura.

    “No entanto, não é verdade que tenha havido qualquer programação ou reuniões prévias com equipes da prefeitura a esse respeito. Aliás, diga-se de passagem, único ente da federação sempre presente com o seu serviço em qualquer canto dessa cidade”, apontou na rede social.

    Paes destacou que há muito tempo o desafio do Rio é a segurança pública e a falta de presença do estado nesses locais.

    “Certamente iremos ajudar as forças policiais em tudo o que for possível. Lembro só que o grande desafio do Rio está, faz muito tempo, na área da segurança pública e no restabelecimento do monopólio da força do Estado em todo seu território”, disse.

    O porta-voz da Secretaria de Polícia Militar (PM), tenente coronel Ivan Blaz, disse que a segurança é o primeiro passo do projeto iniciado hoje pelo governo do estado, que segundo ele, trata-se de um novo programa social. O tenente coronel informou que além da região do Jacarezinho, os 1200 policiais militares e civis entraram nas comunidades da Muzema, Tijuquinha, Morro do Banco.

    O porta-voz acrescentou que a ideia é estabilizar estes terrenos para a implementação do novo projeto.

    “São ações que visam estabilizar os terrenos para que possamos, aproveitando a experiência recente das IPPs, reacender a chama da esperança na população carioca e atender expectativas que não foram atendidas em passado recente. A ideia é aproveitar todo esse legado, toda essa experiência e podermos, assim, estabelecer uma paz e uma ordem nessas regiões que são zonas conflagradas aqui no Rio e Janeiro”, contou em um vídeo divulgado pela PM.

    O projeto de instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), implantado pelo governo Sérgio Cabral em 2008, também previa as ocupações de territórios acompanhadas de ações sociais para as comunidades, o que acabou não ocorrendo como o planejado e passou a ser apenas relacionado à área de segurança, com a presença dos PMs nas localidades.

    Para o governador Cláudio Castro, a ocupação desta quarta é o começo de uma transformação nas comunidades do estado.

    “Damos início a um grande processo de transformação das comunidades do estado do Rio. Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança”, postou no seu perfil do Twitter.

    Nesta quarta à tarde, a agenda do governador prevê uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília. Castro vai tentar reverter os pareceres do Tesouro Nacional e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional contrários ao ingresso do estado do Rio no novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O único parecer favorável ao Rio foi do Conselho de Supervisão do RRF, que tem participação de integrantes dos governos federal e do estado, além do Tribunal de Contas da União (TCU).

    Agência Brasil

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