Polícia
'Cena de novela', diz testemunha de feminicídio em SG
Uma tragédia que vai ficar marcada para sempre na vida dos moradores da Rua Renato Girandi em Rio do Ouro, depois que Bruna Araújo Carvalho, de 31 anos foi assassinada na manhã desta quinta-feira (13), pelo próprio ex- marido que não aceitava o fim do relacionamento.
O proprietário do imóvel para onde a vítima correu baleada e foi morta, prestou depoimento no início da tarde desta quinta-feira (13), na sede da Divisão de Homicídios de São Gonçalo e Niterói (DHNSG). Ele que preferiu não se identificar contou que a cena e os gritos de Bruna, jamais sairão da sua cabeça.
"Foi tudo muito rápido e na hora eu estava na companhia de uma amigo e a gente também tentou se defender, porque ele já entrou apontado as armas e correndo atrás da Bruna. A gente nem sabia que ela estava baleada, mas ouvimos os tiros alguns minutos antes. Parecia coisa de novela e eu nunca poderia imaginar que ia presenciar uma cena daquela. Muito triste o que aconteceu. Todos estamos muito abalados", afirmou.
A testemunha disse ainda que o ex-marido da vítima ainda tentou atirar contra a própria tia quando ela percebeu que o sobrinho tinha rendido a ex-mulher, que estava na companhia da filha do casal e do tio. E foi ela, [a tia] quem posteriormente reconheceu o corpo do sobrinho no Hospital Municipal Souza Aguiar no Centro do Rio.
"Soubemos que ela teria marcado de ir na casa onde eles moravam para pegar alguns objetos, e ele disse que não estaria em casa. Por isso, ela foi. No entanto, quando ela estava pegando as coisas ele os surpreendeu e já apontou as armas. Foi nessa hora que a tia dele tentou intervir e ele deu o tiro em direção a ela [ tia], mas não pegou", relatou a testemunha. Segundo amigos, a filha do casal, uma menina de 12 anos está na casa de parentes.
Visivelmente abalada e sob o efeitos de calmantes, a mãe da vítima chegou a sede da DHNSG por volta das 13h e desabafou.
"Ele acabou com a nossa família. Eu quero minha filha de volta", disse emocionada.
Crime premeditado
A polícia está ouvindo além de parentes próximas da vítima, testemunhas que presenciaram o crime. De acordo com moradores, Haroldo da Silva Amorim, de cerca de 30 anos trabalhava como motorista de transporte alternativo e teria vendido um veículo para financiar a comprar das armas. A Polícia no entanto, ainda não confirmou essa informação.
Vizinhos próximos e que conheciam a vítima há muito tempo disseram que, Haroldo nunca apresentou um comportamento que demonstrasse ser violento. No entanto, na sede da DHNSG, o irmão da vítima disse que achava que a irmã teria feito um registro de ocorrência contra o ex-cunhado.
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