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    Liberado início das obras no calçadão de Piratininga, em Niterói

    Publicado 20/01/2022 às 18:42 | Atualizado em 21/01/2022 às 17:52 | Autor: Romulo Cunha
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    Publicado às 18h42. Atualizado às 20h54.

    Imagem ilustrativa da imagem Liberado início das obras no calçadão de Piratininga, em Niterói
    |  Foto: Foto: Reprodução
    Conclusão das obras está previsto para quatro meses após início. Arte: Divulgação

    O prefeito de Niterói, Axel Grael, assinou nesta quinta-feira (20) a ordem de início das obras do calçadão de Piratininga, na Região Oceânica. A iniciativa acontece quase seis anos após inúmeras tentativas de revitalizar o espaço, castigado por ressacas.

    As obras começarão nesta segunda-feira (24) e irão acontecer entre as ruas Jornalista Umbelino Silva e João Gomes da Silva. O prefeito prevê a conclusão em quatro meses e o projeto tem um investimento de R$ 7,8 milhões. De acordo com Grael, a obra servirá com o forma de proteção contra as ressacas da praia.

    "Essa é uma obra muito esperada que trará solução definitiva para proteger o local das fortes ressacas que ocasionaram a diminuição da faixa de areia, através da tecnologia inovadora de contenção com cortina atirantada e estacas hélice. Tudo foi desenvolvido com muito planejamento, como é caso do estudo feito pelo PRO Sustentável sobre a dinâmica costeira, com ênfase na solução estrutural para conter os fenômenos que causam a erosão da praia e os eventos de desabamento do calçadão da Praia de Piratininga durante as ressacas."

    Ainda segundo Grael, o projeto também inclui paisagismo nas áreas do calçadão, além da construção de mais um posto salva-vidas, que pretende seguir os moldes dos que já existem na Praia de Piratininga.

    A coordenadora do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável), Dionê Castro, explicou que essa obra do calçadão é uma entre outras intervenções que serão realizadas na Praia de Piratininga.

    "Realizamos um estudo de mais de um ano para darmos uma solução para a Praia de Piratininga, que periodicamente sofre com ressacas. Esse estudo apontou que a melhor decisão técnica e econômica é a implantação da reposição do estoque de areia na Praia de Piratininga. Será feito um muro de contenção até que se recupere toda a faixa de areia. É um trabalho bem estruturado, com uma estrutura moderna."

    Antiga reinvidicação

    Calçadão já sofreu com as ressacas do mar há anos. Foto: arquivo

    A revitalização do calçadão de Piratininga já é uma necessidade antiga em Niterói. Em 2018, ainda durante mandato do ex-prefeito Rodrigo Neves (PDT), a prefeitura abriu uma licitação em busca de empresas interessadas na obra. O objetivo era recuperar a estrutura que, corriqueiramente, acabava destruída pela ação do mar. Desde 2016, há um planejamento para a reconstrução.

    Em novembro de 2020, a Prefeitura abriu concorrência para as obras no calçadão de Piratininga, mas o processo recebeu vários recursos devido ao aumento do valor do aço em função da pandemia. Isto resultou na anulação da licitação. O edital foi refeito e o resultado publicado no Diário Oficial em janeiro.

    A obra estava prevista para abril de 2021. No entanto, apenas agora foi decidido o certame. Segundo o Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável), a iniciativa consiste em recuperar parte da orla, totalizando uma extensão em torno de 300m. O desnível entre o calçadão e o nível atual da areia da praia, no trecho estudado, varia de 2m a 3,5m.

    Por causa dos fenômenos de marés e ressacas, as estruturas presentes na orla da praia foram danificadas diversas vezes, apresentando sinais de instabilidade e oferecendo risco à população. De acordo com o PRO-Sustentável, a solução consiste na implantação de cortina atirantada, com aproximadamente quatro metros de altura, e estacas hélices secantes.

    Além da medida, em busca de evitar novos prejuízos relacionados à ressaca, a implantação de recifes artificiais foi um tema debatido na Câmara Municipal em novembro de 2021. O inicío das obras do calçadão e a criação de um recife artificial ainda são temas debatidos após a forte ressaca que destruiu o calçadão em 2011. Desde então, quando o mar fica agitado, há danos nas estruturas.

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