Professor cria música antirracista para crianças em escola do Rio

Ações de combate ao preconceito têm sido cada vez mais reforçadas nas escolas, com isso, o professor de literatura infantil Allan De Souza, de 41 anos, que leciona no Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Professor Carlos Falseth, no Jardim América, na Zona Norte do Rio, decidiu criar uma música com viés antirracista para os pequenos. O educador publicou o vídeo cantando junto aos seus alunos, em suas redes sociais. A publicação já chegou a mais de 900 mil visualizações e possui em torno de 24 mil curtidas. 

Publicação já chegou a mais de 900 visualizações e possui em torno de 24 mil curtidas

Em entrevista ao ENFOCO, Allan explicou que é professor há 15 anos e dá aulas para alunos de 4 a 5 anos. Durante uma conversa com uma amiga de trabalho, ele conta que tiveram a ideia de criar uma música que fosse referência de igualdade e respeito para todos os alunos do Brasil e, quem sabe, para o mundo. 

Acho que essa música ela pode ser um referencial muito grande não só para esses alunos, mas para todos os alunos do Brasil e espalhados pelo mundo. Pois, a partir dessas questões simples, ela trabalha questões muito complexas e pelo feedback que eu tenho recebido de diversos lugares do país, é que já estão sendo feitos trabalhos a partir dessa canção com as crianças

“Eu acho que essa música ela pode ser um referencial muito grande não só para esses alunos, mas para todos os alunos do Brasil e espalhados pelo mundo. Pois, a partir dessas questões simples, ela trabalha questões muito complexas e pelo feedback que eu tenho recebido de diversos lugares do país, é que já estão sendo feitos trabalhos a partir dessa canção com as crianças e isso só tende talvez a a ser um um dos maiores combates que a gente possa estar fazendo em relação ao racismo, ao preconceito” explicou o criador da canção.

A intenção, ele conta, é reforçar a ideia de um país sem preconceitos e que o tema precisa ser ensinado desde a primeira infância, além de criar já nas crianças a autoestima e aceitação, entendendo que cada pessoa é de uma forma, tem um estilo de cabelo e isso é algo normal. 

“É na base que a gente consegue fazer o desenvolvimento, que a gente tenha as primeiras noções e se estes primeiros conhecimentos adquiridos por essas crianças forem positivos, se forem de respeito, forem de autoestima, forem de valorização, elas com certeza serão adultos que não cometeram manifestações racistas, violências ou qualquer tipo de preconceito, em relação ao outro porque já está sendo cultivado essa questão do respeito né e de entender que o mundo adverso não é só aquele que lá conhece é muito maior que isso.” 

O educador deu um pequeno spoiler ao ENFOCO do que está por vir. Ele afirmou que está produzindo a canção para que se torne futuramente um vídeo e ele e a equipe de educação infantil pretendem lançar um livro para disseminar ainda mais os ensinamentos inclusivos e livres de preconceitos. 

Veja o vídeo 

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