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    Pai adota criança após esposa morrer de câncer: 'Dia mais feliz'

    Rodrigo tentou por nove anos o registro do filho

    Publicado 06/06/2022 às 18:27 | Autor: Rômulo Cunha
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    A emoção da criança Bruno Carneiro Lopes, de 11 anos, após receber a notícia de ser oficializada como filho legítimo do gaúcho Rodrigo Medina Lopes, de 45, tomou conta das redes sociais neste final de semana.

    Em vídeo publicado no último dia 20, Rodrigo gravou a reação do menino quando a criança descobriu a sua nova certidão de nascimento. Acontece que a adoção aconteceu após nove anos de imbróglio com a Justiça. Isso porque a mãe de Bruno, identificada como Rejane Carneiro, morreu por causa de um câncer em 2013.

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    Hoje saiu a certidão de adoção. Foi o dia mais feliz da minha vida. Esperamos 9 anos por isso. Registrei pra ele nunca esquecer desse momento só meu e dele. Conseguimos filho. Adotar é o maior amor. É amar e assumir um filho que nasceu pra mim. E não feito por mim. Te amo filho e não imagino minha vida sem você ao meu lado.
    Rodrigo Lopes Pai
    Aspas da citação
     

    Ao receber a notícia, o menino resumiu o que sentia através de choros e abraços: "quero ser que nem tu", disse ao pai.

    Entenda o relacionamento

    Rodrigo e Bruno são oficializados como família após 9 anos de imbróglio.
    Rodrigo e Bruno são oficializados como família após 9 anos de imbróglio. |  Foto: Reprodução Redes Sociais

    Rodrigo e Rejane se conheceram quando tinham 14 anos em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Eles começaram a namorar e, quando ambos estavam com 18 anos, foram morar juntos. O casal teve uma filha, identificada como Luana, que atualmente mora com o marido no Rio Grande do Sul.

    No entanto, Rodrigo e Rejane se separaram quando tinham 30 anos. No meio do término, a mulher teve outro relacionamento e engravidou de Bruno, mas o homem que ela estava não assumiu a paternidade.

    Por causa disso, Rodrigo voltou a entrar na vida de Rejane e cuidou de Bruno. O que mais aproximou o casal e o menino foi quando a criança teve uma dermatite atópica. 

    "Ele ficou muito doente, ficou em carne viva. Ali bateu que eu ia cuidar e proteger esse menino. E não imaginava perder a mãe dele", disse Rodrigo em entrevista ao g1.

    Câncer

    Rejane descobriu um câncer no útero em agosto de 2011 após se sentir mal e começar a ter sangramentos na região. O tumor foi crescendo junto com a gravidez de Bruno, que nasceu em dezembro de 2010. A mulher realizou um tratamento de quimioterapia e radioterapia, mas que não teve resultado.

    Antes do filho completar três anos, Rejane teve que receber cuidados paliativos. Depois de dois anos da notícia do câncer, a mulher morreu.

    "No leito paliativo, ela disse que me amava muito, que nunca deixou de me amar, e que só iria em paz se o Bruno ficasse comigo. Chamou a mãe, as irmãs, e disse que se acontecesse alguma coisa com ela, que ele ficasse comigo, pra não separar irmão e irmã. 'Conheço o cara que casei, sei o quanto ele cuidaria do Bruno", contou Rodrigo.

    Após quase uma década tentando a adoção, o documento finalmente foi concedido. Rodrigo identificou um tumor no intestino no ano passado. Ele vem realizando o tratamento e registrando todos os momentos com o filho.

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