Abuso
Mulher alega preconceito em entrevista de emprego por ter filho
Legislação trabalhista proíbe todas as formas de discriminação
Uma mulher compartilhou em suas redes sociais um incidente de discriminação que ela enfrentou durante um processo de seleção para uma vaga de emprego.
De acordo com seu relato, o recrutador atrasou a entrevista em três horas, e quando ela indicou que não poderia participar no novo horário proposto, o recrutador questionou sua rotina e afirmou que era "sempre difícil contratar quem tem filhos".
O diálogo ocorreu por meio de mensagens no WhatsApp no início do mês. Samara Braga, de 32 anos, moradora de Cariacica, no Espírito Santo, está desempregada há 2 meses.
Ela optou por compartilhar essa experiência em sua conta no LinkedIn como um alerta para outros profissionais da área. Até a terça-feira (12), a publicação recebeu mais de 3,5 mil comentários.
"Aconteceu comigo e estou sem acreditar que exista um profissional agindo dessa forma. Não é o tipo de postagem que as empresas gostariam de ver no perfil [da rede social], mas é importante compartilhar", explicou.
O recrutador entrou em contato com Samara no dia anterior à entrevista e marcou uma conversa on-line sem fornecer detalhes sobre a vaga. Além de não comparecer no horário agendado, ele se recusou a reagendar a entrevista.
"Postei [no LinkedIn] para que outros recrutadores não façam isso. Pensem que do outro lado tem uma pessoa que está desempregada, mas que tem uma rotina. Essa pessoa trabalha de alguma outra forma, em casa, cuidando de um filho, fazendo um extra, fazendo um bico. Então a pessoa não está à toa", continuou.
A legislação trabalhista brasileira proíbe qualquer forma de discriminação em todas as fases do processo de trabalho, incluindo a seleção e contratação de candidatos. Critérios como estado de gravidez, situação familiar, entre outros, não podem ser usados para prejudicar ou desfavorecer candidatos a vagas de emprego, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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