Logo Enfoco


    Disformidade

    Paralisia facial: saiba causas, sintomas e tratamento

    O nome científico da emergência é síndrome de Bell

    Publicado 13/10/2025 às 19:21 | Autor: Enfoco
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    Segundo especialistas, 80 mil pessoas vivem esta situação por ano no Brasil
    Segundo especialistas, 80 mil pessoas vivem esta situação por ano no Brasil |  Foto: Reprodução / Pixabay

    Imagine você acordar em um dia e, ao se olhar no espelho, ver a metade do rosto paralisado ou mesmo disforme? A cada ano, estima-se que cerca de 80 mil brasileiros vivam essa situação. A paralisia facial, também chamada de paralisia de Bell, é uma emergência médica que deve ser avaliada por um profissional o quanto antes.

    “A precocidade do diagnóstico e do tratamento são fatores cruciais no resultado de melhora ou cura”, destaca o neurologista Druzus Marques, ao explicar que a alteração está diretamente associada à inflamação ou ao inchaço do nervo facial.

    “Quando afetado por alguma razão, esse nervo provoca sintomas como boca torta, dificuldade para movimentar o rosto e/ou falta de expressão em uma parte da face, o que também pode alterar de forma marcante a comunicação e a autoestima das pessoas”, enfatiza que também detalha sobre como se manifesta, causas e tratamento. Confira abaixo as explicações. 

    Como se manifesta

    Síndrome de Bell se manifesta pela paralisia dos músculos de metade da face ou de uma porção do rosto. Na maior parte dos casos, a pessoa perde o movimento de um lado da boca e não consegue fechar o olho do mesmo lado acometido pela paralisia. É comum também haver algum tipo de alteração da fala pela incapacidade de a pessoa movimentar metade da musculatura que abre a boca.

    Esses são os sintomas principais, mas algumas pessoas podem apresentar dor ou perda de sensibilidade também na área externa do ouvido, além de alterações da gustação, quando a percepção do gosto dos alimentos fica diferente.

    Possíveis causas e diagnóstico precoce 

    Em grande parte dos casos é difícil identificar a causa da paralisia de Bell, pois ela pode ter diferentes fatores desencadeantes: estresse, baixa imunidade, mudança repentina de temperatura, reações a infecções virais – ou seja, não há uma causa definida.

    Em muitos casos é gerada por reação pós-viral, ou seja, a pessoa teve uma infecção por um vírus respiratório - gripe, rinite, algo nesse sentido - e acaba tendo uma reação posterior que leva o nervo facial a inflamar e causar a paralisia facial.

    Em outros casos, principalmente quando a paralisia é mais grave e com dor, ela pode ter sido causada por um herpes do nervo, herpes zoster.

    A identificação precoce é importante, porque por meio dela é possível a prescrição de medicamentos, como antivirais ou corticóides para reduzir a inflamação. Essas duas estratégias aumentam a chance de a pessoa ter a recuperação completa no futuro.

    O diagnóstico precoce é primordial também para que a situação não seja confundida com um AVC, que apesar de também poder causar paralisia de uma parte do corpo, é uma doença muito mais grave, mais séria e que precisa um tratamento mais intensivo.

    Tratamento e tempo de duração 

    O tratamento para a paralisia de Bell é através de medicamentos com a introdução de antivirais - se houver a suspeita de correlação com algum vírus, principalmente o herpes, ou com corticóide para desinflamar o nervo e reduzir a gravidade da doença. A base do tratamento farmacológico seria essa.

    Outros cuidados são necessários com os olhos que, por não fechar, pode desenvolver úlcera de córnea. Essas pode ser uma complicação grave da doença. Nesse caso, é comum que se prescreva uma pomada oftalmológica para lubrificar os olhos.

    Em relação ao tempo, em torno de três semanas a maior parte dos pacientes já está muito bem, com a recuperação completa ou quase completa. No entanto, há casos irreversíveis, principalmente quando a doença está associada ao herpes - entre 3 e 5% dos casos não se recuperam de forma funcional, ou seja, o olho não fecha mais e a pessoa fica dependente de colírio, de proteção permanentemente. Existe ainda tem uma porcentagem de pacientes, em torno de 10% que permanece com assimetria facial.

    Fisioterapia auxilia? 

    Para as pessoas que não têm recuperação completa no período inicial, é indicada sim a fisioterapia, pois ela pode ajudar a reduzir essa assimetria. Principalmente nos casos em que a pessoa não consegue fechar o olho, a fisioterapia é muito indicada.

    É possível evitar? 

    Essa é uma doença de difícil prevenção por não apresentar um fator de risco claro. No entanto, o choque térmico também pode desencadear a paralisia facial. Às vezes a pessoa toma uma sauna, por exemplo, e sai de forma abrupta em um ambiente gelado - isso pode desencadear uma paralisia facial. Por isso, nesse período de grande amplitude térmica, é aconselhável que se evite a exposição a variações bruscas de temperatura para não correr o risco de desenvolver essa condição.

    Tags

    Enfoco

    Enfoco

    Enfoco - Informação de Verdade

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Próximo artigo
    >

    Emprego: Rio divulga milhares de vagas para quem não tem experiência

    Relacionados em Saúde & Bem-Estar