Justiça eleitoral
Vereador de SG tem mandato cassado por fraude; entenda
TRE-RJ entendeu que ele foi beneficiado por candidatura fictícia
O vereador Dr. Armando Marins, do antigo Partido Social Cristão (PSC) e atual Podemos (Pode), teve o mandato cassado, na última terça-feira (26), motivado por fraude à cota de gênero nas eleições 2020, segundo decidiu a Justiça Eleitoral. Ainda cabe recurso ao TSE, em Brasília.
A Corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) decretou a nulidade dos votos obtidos pela agremiação e determinou novo cálculo dos quocientes eleitoral e partidário.
A decisão declarou inelegíveis até 2028 as candidatas “laranjas” do esquema fraudulento, Sheila Mara Alves Varela e Jacira Valério de Souza.
Ao julgar o recurso, a justiça afastou a inelegibilidade do então presidente do diretório municipal da legenda, Erivelto Figueiredo.
O relator do processo, desembargador eleitoral Gerardo Carnevale, destacou que as candidatas não obtiveram sequer um único voto, além de não terem promovido campanha eleitoral, ressaltando ainda a ausência de movimentação financeira em suas prestações de contas eleitorais.
A Lei das Eleições (Lei 9.504/1997) estabelece, em seu artigo 10, que partidos ou coligações deverão preencher suas vagas de candidatura com “o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”.
De acordo com o desembargador Carnevale, a decisão deve "produzir efeitos imediatamente após a competência desta Corte".
Procurado pelo ENFOCO, o Dr. Armando Marins ainda não se manifestou sobre a decisão.
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