Dormiu cedo
Silêncio de Bolsonaro sobre derrota quebra tradição de 24 anos
Protocolo é que presidente ligue para o vencedor
Matematicamente derrotado nas urnas neste domingo (30), Jair Bolsonaro (PL), que disputava a corrida presidencial contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não fez o pronunciamento sobre o resultado. O fato não acontecia desde 1998, nas primeiras eleições com urnas eletrônicas para o cargo. O silêncio já dura mais de 12 horas.
Lula foi eleito presidente da República neste domingo ao derrotar em segundo turno o liberalista. O ex-presidente retorna ao cargo após hiato de 12 anos. Essa é a terceira vez que o petista assume a posição — algo inédito no pleito majoritário.
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Com 100% das urnas apuradas, Lula teve 60.345.999 milhões de votos (50,90% dos válidos), e Bolsonaro, 58.206.354 milhões de votos (49,10%). Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A agenda do presidente nesta segunda-feira (31) prevê alguns compromissos oficiais. O tenente-coronel Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, foi até o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda (31).
É tradicional que candidatos derrotados liguem para os adversários e, logo após, realizem um pronunciamento público reconhecendo a derrota. Em seu discurso, Lula afirmou que isso ainda não aconteceu.
"Vocês sabem que a gente vai ter que ter um governo para conversar com muita gente que está com raiva. Em qualquer lugar do mundo, o presidente derrotado já teria ligado para mim reconhecendo a derrota. Ele, até agora, não ligou, não sei se vai ligar e não sei se vai reconhecer", disse.
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