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    Rodrigo Pacheco cobra entendimento entre os Poderes

    Publicado 09/09/2021 às 8:50 | Atualizado em 09/09/2021 às 14:09 | Autor: Enfoco
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    Plenário do Senado durante reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado Federal para o segundo biênio da 56º Legislatura.

A eleição ocorre de forma presencial, seguindo as medidas de segurança contra a covid-19, e obedecendo o Regimento Interno da Casa, que prevê a votação por meio de cédulas em papel inseridas em envelope.

Em discurso, à tribuna, candidato à presidência, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
    Plenário do Senado durante reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado Federal para o segundo biênio da 56º Legislatura. A eleição ocorre de forma presencial, seguindo as medidas de segurança contra a covid-19, e obedecendo o Regimento Interno da Casa, que prevê a votação por meio de cédulas em papel inseridas em envelope. Em discurso, à tribuna, candidato à presidência, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado |  Foto: Jefferson Rudy
    Senador fez pronunciamento nesta quarta-feira (8). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, em pronunciamento nesta quarta-feira (8), que a solução para os problemas do país não está em arroubos antidemocráticos, mas no diálogo, entendimento e respeito entre os Poderes. O pronunciamento de Pacheco fez referência às manifestações ocorridas na terça-feira (7) e veio após declarações consideradas antidemocráticas feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Mais uma vez, Pacheco pediu a harmonia entre os três Poderes.

    Para ele, os brasileiros que foram às ruas e os que ficaram em casa têm um ponto em comum: todos vivem em um país em “crise real de fome e miséria”, com aumento da inflação, diminuição do poder de compra, desemprego, crise energética e crise hídrica, além da pandemia.

    "É uma crise real que nós vivemos e que nós temos que dar a solução a ela. Essa solução não está no autoritarismo, não está nos arroubos antidemocráticos, não está em questionar a democracia.  A solução está na maturidade política dos poderes constituídos de se entenderem e de buscarem as convergências para aquilo que verdadeiramente interessa aos brasileiros", advertiu o presidente do Senado.

    Pacheco afirmou que é fundamental para os Poderes  “sentarem à mesa “, se organizarem e se respeitarem, cada um cumprindo seu papel. A harmonia, de acordo com Pacheco, vai significar a solução dos problemas do país e é em busca disso que se deve trabalhar.

    "Repito: não é com excessos, não é com radicalismo, não é com o extremismo, mas sim com diálogo e com respeito à constituição que nós vamos conseguir resolver os problemas dos brasileiros. É isso que os eles esperam de Brasília e dos poderes constituídos", disse.

    Senadores comentam fala de Fux

    Diversos senadores repercutiram a fala do ministro do STF, Luiz Fux nesta quarta-feira (8) sobre as manifestações da última terça-feira (7), feriado da Independência. Os parlamentares se pronunciaram nas redes sociais sobre o discurso do ministro.

    Para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), Fux mandou um recado ao Congresso Nacional.

    “FUX: ninguém fechará esta Corte. Falou direto ao presidente [da República]. Houve crime de responsabilidade. Recado claro  para o Congresso Nacional. Desafinou a ‘Lira’ do ‘Nero’”, publicou a senadora.

    O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que a postura de Bolsonaro é “marginal à lei”.

    “A nossa reação tem que ser por meio da lei e das instituições. Não há outra saída senão o impeachment. Cabe à Câmara tomar essa atitude. E aos partidos políticos com assento naquela Casa, afinal, eles só existem por conta da democracia”, escreveu.

    Para o senador Marcos Rogério (DEM-RO), as manifestações de 7 de setembro foram espontâneas, pró-governo e em defesa da liberdade e da Constituição. Ele afirmou que Bolsonaro não atacou as instituições, mas criticou “um ministro do STF que acha que está acima da Constituição”.

    O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também pelas redes sociais, elogiou o pronunciamento de Fux.

    “Saúdo e cumprimento o pronunciamento do presidente do STF, Luiz Fux. A Corte pode contar com nosso apoio. A história colocará no devido lugar os que defenderam a democracia, os que se acovardaram e os que foram cúmplices de criminosos”, disse o senador.

    Para a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), Jair Bolsonaro não tem competência para governar o Brasil.

    “O legado deste 7 de Setembro: Bolsonaro, aprisionado em seu cárcere mental, confirmou o que a maioria já sabia. É desprovido de qualquer lucidez, caráter e competência para governar. Não lhe resta nenhuma condição para se manter na Presidência do país”, publicou.

    Câmara dos Deputados

    Mais cedo, também em pronunciamento, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro de forma direta, mas afirmou que “não serão aceitas mais bravatas”. Segundo o deputado, é hora de “dar um basta nessa escalada” e voltar às atenções para o Brasil real que tem problemas como o desemprego e os preços da gasolina e do gás. 

    "É hora de dar um basta a bravatas a essa escalada em um infinito loop negativo, Bravatas em redes sociais deixaram de ser elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade", disse. 

    O presidente da Câmara afirmou que não admite questionamentos sobre decisões já tomadas — como o voto impresso — defendeu o respeito aos Poderes e apresentou a Câmara como motor de pacificação. 

    Poderes

    "Os Poderes têm delimitações. Não posso admitir questionamentos por decisões tomadas e superadas como o voto impresso", pontou.

    Sobre as manifestações de 7 de Setembro, o presidente da Câmara enalteceu a participação popular daqueles que foram às ruas de forma pacífica e defendeu a democracia e a Constituição.

    "Nossa Constituição jamais será rasgada", enfatizou Lira.

    Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o Brasil errou ao eleger Bolsonaro.

    “A única verdade no discurso de Lira, mesmo assim parcial, veio na confissão do final: ‘teve um errinho básico ali…’. Não foi só um erro, foram vários, mas o pior de todos foi eleger Bolsonaro. Vamos corrigir, seja pelo impeachment ou pela eleição, pois só assim sairemos do caos”, publicou Alessandro.

    O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) apoiou Lira.

    “O presidente da Câmara, Arthur Lira, foi muito feliz em seu pronunciamento agora há pouco. Uma fala ideal para o momento, pois acalma os ânimos. Precisamos de serenidade para tratar dos problemas que afligem o nosso país. É hora de todos os Poderes, unidos, pensarem na retomada econômica, geração de emprego e renda, vacinação e outras necessidades da população. É hora de pensar na população”, escreveu Vanderlan na rede social.

    Para Simone Tebet, o Congresso precisa agir.

    “Mais que VOZ institucional, o momento exige AÇÃO dos Poderes Judiciário e Legislativo. Porque as palavras do presidente têm feição de atos. E atos INCONSTITUCIONAIS. Ele não as diz por coragem, mas por medo. Nós temos de mostrar CORAGEM não só para falar, mas para AGIR”, publicou a senadora na internet. 

    Fonte: Agência Senado

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