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    Primeiro debate na TV tem fala sobre corrupção, fake news e ataques

    Presidenciáveis discutiram propostas neste domingo

    Publicado 29/08/2022 às 8:15 | Atualizado em 29/08/2022 às 14:26 | Autor: Enfoco
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    Candidatos participaram do primeiro debate na TV neste domingo (29)
    Candidatos participaram do primeiro debate na TV neste domingo (29) |  Foto: Reprodução / Band

    O primeiro debate entre os presidenciáveis exibido pela Band neste domingo (28) reuniu os principais candidatos ao posto de chefe do Executivo. O encontro teve, pela primeira vez, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) se acusando mutuamente, principalmente em relação aos escândalos da Petrobras e do Mensalão. 

    Havia a possibilidade de cancelamento do presidente Bolsonaro, que chegou a dizer que não iria. Participaram deste primeiro encontro, além dos dois mais bem colocados nas pesquisas, Ciro Gomes (PDT), Luiz Felipe D´ávilla (NOVO), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União). 

    O embate tão aguardado veio logo no primeiro bloco com o presidente Jair Bolsonaro questionando Lula sobre os escândalos de corrupção no PT, além de sua condenação, em 2018, que o levou à cadeia. 

    "A Petrobras ao longo de 14 anos de PT se endividou em R$ 900 bilhões. Fruto de desmandos, refinarias, entre tantas outras coisas. Daria pra fazer 60 vezes a transposição do (Rio) São Francisco. Povo nordestino sofreu por falta de água e por corrupção de seu governo. Montante equivalente a 120 orçamento do Ministério da Infraestrutura. Delatores devolveram 6 bilhões de reais. Quer voltar ao poder pra fazer a mesma coisa na Petrobras?", disse o presidente. 

    Lula não respondeu diretamente ao questionamento, falando dos feitos em seus governos passados. Mas disse que não havia outro candidato para fazer a pergunta que não fosse o presidente Bolsonaro. 

    "Eu estava esperando essa pergunta e não seria outro a me perguntar senão você. Eu sabia que ela viria", contrapôs Lula. 

    Ciro Gomes também questionou o atual presidente sobre o número da fome no Brasil. Recentemente, Bolsonaro chegou a dar declarações que no Brasil não havia ninguém com fome ou pedindo comida. 

    "Fiquei chocado. Qualquer pessoa que conhece o Brasil como eu conheço, que vê nas ruas pessoas com placas pedindo comida, que não tenha trocado o coração por uma pedra sabe que (a fome) está no lar dos brasileiros", disse o candidato do PDT. 

    Na resposta, o presidente não respondeu diretamente, devolvendo o questionamento a Ciro, sobre a economia do país. 

    "Você tem que falar do fica em casa e a economia a gente vê depois. No mundo o número de famílias na extrema pobreza cresceu e no Brasil diminuiu, ou seja, atendemos aos mais necessitados. Foi o meu governo que negociou no ano passado passar o Bolsa Família de R$ 190 para o mínimo de 400, contra o voto do PT na Câmara", rebateu. 

    Ataque 

    O presidente voltou a fazer ataques a jornalistas, durante o segundo bloco do programa, ao ser questionado pela jornalista Vera Magalhães, da Cultura, sobre possíveis atrasos na compra da vacina. 

    "Vera, tinha que ser você. Eu acho que você dorme pensando em mim. Você é uma vergonha para o jornalismo", contra-atacou o presidente. 

    As candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke saíram em defesa da profissional da mídia após a fala do presidente. 

    "É tchuthuca com o Centrão e tigrão com jornalistas. Gostaria de deixar meu apoio à profissional. Defendemos uma democracia e uma imprensa livre", disse Soraya. 

    O ex-presidente Lula também foi perguntado sobre uma possível aliança da esquerda com o PDT para um eventual segundo turno entre ele e o presidente Bolsonaro. Lula tentou afagar Ciro Gomes, dizendo que vai conversar sobre o assunto. Em 2018, o então candidato do PT, Fernando Haddad, não teve o apoio do pedetista no segundo turno, ferida que ficou aberta para ambos os lados. 

    "O Ciro é um democrata e claro que podemos conversar. Espero que você não viaje a Paris de novo", disse o petista. 

    Ciro respondeu em tom de ataque a fala de Lula. Na resposta, Ciro chamou o adversário de “encantador de serpente” e rebateu falando que a questão entre os dois não é pessoal e disse que se distanciou do petista porque “ele se deixou corromper”. 

    Confusão

    O debate ficou acalorado também nos bastidores do programa. Antes do início das falas, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, discutiu e quase foi às vias de fato com André Janones (Avante), que coordena a campanha de Lula nas redes sociais. Os dois discutiram e tiveram que ser separados por seguranças da emissora. 

     

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