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    Polêmica

    Ministério da Justiça muda classificação de filme com Danilo Gentili

    Produção foi acusada de possuir cenas que remetem à pedofilia

    Publicado 16/03/2022 às 9:36 | Atualizado em 16/03/2022 às 9:51 | Autor: Ana Fernanda
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    O filme repercutiu nas redes sociais esta semana devido a cenas que remetem à pedofilia
    O filme repercutiu nas redes sociais esta semana devido a cenas que remetem à pedofilia |  Foto: Isaac Amorim

    O Ministério da Justiça determinou a mudança da classificação indicativa de 14 para 18 anos do filme  "Como se tornar o pior aluno da escola", com roteiro do apresentador Danilo Gentili e atuação de Fábio Porchat.

    O filme, lançado em 2017 e que anteriormente era permitido para maiores de 14 anos, repercutiu nas redes sociais esta semana devido a cenas que remetem à pedofilia. De acordo com a decisão publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (16), as cenas são tendenciosas a coação sexual; estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa. 

    A cena do longa que chamou a atenção dos telespectadores é a que o personagem interpretado pelo ator Fábio Porchat pede para duas crianças o masturbarem. A pasta alega também que a decisão tem como objetivo a proteção à criança e ao adolescente.

    Suspensão

    O ministro da Justiça, Anderson Torres, já havia determinado nesta terça-feira (15), através das redes sociais, sobre a retirada do filme dos catálogos das plataformas de streaming. A medida previa multa diária de R$50 mil aos serviços que não cumprissem a ordem dentro do prazo de cinco dias após o anúncio da pasta. 

    Procurados, o Globoplay e o Telecine informaram que estão atentos às críticas de indivíduos e famílias que consideraram inadequados ou de mau gosto trechos do filme "Como Se Tornar O Pior Aluno Da Escola" mas entendem que a decisão administrativa do ministério da Justiça de mandar suspender a sua disponibilização é censura. A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida.

    "As plataformas respeitam todos os pontos de vista, mas destacam que o consumo de conteúdo em um serviço de streaming é, sobretudo, uma decisão do assinante – e cabe a cada família decidir o que deve ou não assistir. O filme em questão foi classificado, em 2017, como apropriado para adultos e adolescentes a partir de 14 anos pelo mesmo ministério da Justiça que hoje manda suspender a veiculação da obra", informaram.

    Já a Netflix ainda não se pronunciou sobre a decisão. 

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