Política
Marlos Costa se filia ao PDT com apoio de Neves e Grael
O ex-vereador Marlos Costa, candidato à Prefeitura de São Gonçalo pelo Partido Social Brasileiro (PSB) nas últimas eleições, se uniu a política dominante em Niterói. O político assinou o ato de filiação ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), na noite desta sexta-feira (14), no Edifício do Comércio, no Centro de São Gonçalo.
O ato contou com a presença do presidente da sigla, Carlos Lupi, além do atual prefeito de Niterói e seu pré-candidato a sucessão, Rodrigo Neves e Axel Grael, respectivamente. Outras apostas do partido também prestigiaram a filiação de Marlos, como foi o caso da deputada estadual Martha Rocha, nome pedetista para o pleito pela Prefeitura do Rio.
Lupi destacou o nome do trio como uma tentativa de integrar os municípios da Região Metropolitana, com os investimentos da Capital. Para o presidente da sigla, Marlos Costa é o nome para resgatar a autoestima do gonçalense.
"As pessoas se perguntam: por que lá (Niterói) está dando certo e aqui não? É porque falta prefeito competente. Falta gente que tem iniciativa, coragem e ousadia. Porque aqui tem ruas que se misturam, de um lado é Niterói e de outro é São Gonçalo. Então, o que faz uma virar referência no Brasil e outra referência negativa? É o gestor. São Gonçalo vai ser a Niterói do amanhã", criticou Lupi.
Pré-candidato a sucessor ao governo em Niterói, Axel Grael - recém-filiado ao PDT - também evidenciou a integração de políticas públicas como um ponto positivo. Para o atual secretário de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão do governo Neves, é preciso pensar política entre as duas cidades.
"Respeito muito o trabalho do Marlos, com certeza é um excelente nome para liderar São Gonçalo, numa aliança fundamental com Niterói. Essa aliança vai fazer com que a gente cresça juntos. A gente vive na Região Metropolitana e a gente vê a falta que faz a integração das políticas públicas. Não dá para falar de mobilidade em Niterói, sem falar de São Gonçalo, por exemplo", explicou Grael.
Críticas
O ato também marcou fortes críticas dos pedetistas às gestões em São Gonçalo, principalmente a atual do prefeito José Luiz Nanci (PPS). O último nome a gerir a cidade por dois mandatos pelo partido foi a ex-prefeita Aparecida Panisset (2005-2012). Para Lupi, é preciso mudar a história política do partido na cidade.
"O PDT já teve vários prefeitos aqui. Já usaram muito o 12, alguns de uma maneira safada. Agora estamos conquistando uma história política, do campo popular, que tem honradez, seriedade e que eu tenho certeza que com Rodrigo ajudando, vai ser o melhor prefeito para São Gonçalo", afirmou.
Na última eleição, Marlos foi candidato pelo PSB à prefeitura. No segundo turno, o político se uniu ao atual prefeito Nanci e chegou a integrar o time de secretários na gestão, por pouco mais de um ano. Segundo o recém-pedetista, o motivo do rompimento foi divergência na construção do projeto para a cidade.
"O segundo turno é um plebiscito, em que temos que fazer uma escolha e nós optamos por aquela candidatura naquele momento. Participei do governo durante um ano e três meses e rompi porque considero que é um governo que não atende aos interesses da população goncalense. Um governo que não avançou e não produziu. E é esse debate que vamos fazer com a sociedade. Se vamos ter a continuidade de um governo que não avançou ou se vamos ter mudança", disse.
Alianças
Diferente de Niterói, onde Neves já esquematizou a chapa concorrente à sucessão contendo Grael e o deputado estadual Paulo Bagueira (Solidariedade) como vice, em São Gonçalo o cenário ainda está indefinido. De acordo com Marlos é possível que o nome aliado seja do antigo partido, do Partido Social Brasileiro (PSB).
"A gente tem conversado com vários partidos da cidade, principalmente dos campos democrático e progressista, no sentido de formar uma ampla aliança para a disputa das eleições municipais. É fundamental que a gente possa ter essa capacidade de ouvir outros partidos para formular um projeto que não seja apenas do PDT. Estamos conversando com o próprio PSB, que estará conosco, para pleitear uma chapa a vice, mas isso não está definido ainda", concluiu.
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