Emoções
Lula cita prisão e chora durante diplomação no TSE
Lula disse que o povo reconquistou a democracia em seu discurso
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início à cerimônia de diplomação do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin. O evento deu o pontapé às 14h25, sendo realizado no plenário do TSE, em Brasília. Cerca de 400 convidados estavam presentes, contando com parlamentares, ministros de tribunais superiores e representantes de governos estrangeiros.
A diplomação é uma etapa que confirma o resultado do processo eleitoral, habilitando Lula e Alckmin a tomarem posse como presidente e vice-presidente do Brasil no dia 1º de janeiro. Os ex-presidentes Dilma Rousseff e José Sarney estiveram presentes no local da cerimônia.
Diplomado pela 3ª vez como presidente eleito pelo povo brasileiro. Muito obrigado.
— Lula (@LulaOficial) December 12, 2022
📸: @ricardostuckert pic.twitter.com/ency2wD2pP
Um forte esquema de segurança foi montado no local para proteger a sede da Corte.
A cerimônia começou com o Hino Nacional sendo interpretado pela Banda dos Dragões da Independência, do Batalhão da Guarda Presidencial.
Logo depois, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, entregou os diplomas para Lula e Alckmin. Durante a entrega do documento de diplomação os parlamentares presentes iniciaram um coro de “Olê, olê, olê, olá. Lula, Lula” após receber a diplomação o presidente eleito discursou muito emocionado.
“Em primeiro lugar, quero agradecer ao povo brasileiro, pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder – para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário – o diploma de presidente da República”, começou seu discurso muito emocionado, com a voz embargada.
Lula comentou durante o seu discurso que sabe o quanto custou ao povo brasileiro a espera para a volta da democracia no país e comentou que junto de Geraldo Alckmin ele fará todos os esforços para que o Brasil volte a ser mais desenvolvido e mais justo, garantindo uma boa qualidade de vida para todos os brasileiros.
"Poucas vezes na história desse país a democracia esteve tão ameaçada, a vontade popular foi tão colocada à prova e teve que vencer tantos obstáculos para enfim ser ouvida", disse Lula em certo momento do discurso. "É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra injustiças que recebo pela terceira vez o diploma de presidente eleito do Brasil. Em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo", afirmou ele em seu discurso.
Lula também destacou a coragem no Tribunal Superior Eleitoral ao enfrentar todas as ofensas, ameaças e agressões, para que valesse a soberania do voto popular.
“Cumprimento cada ministro e cada ministra do STF e do TSE pela firmeza na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral nesses tempos tão difíceis. A história há de reconhecer sua coerência e fidelidade à Constituição.” “[...] Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo. Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo.”
Ao término do discurso do presidente eleito, o ministro Alexandre de Moraes também discursou e falou sobre como a diplomação atesta o resultado eleitoral e também a “vitória plena” da democracia e do Estado de Direito.
"Vitória do respeito ao Estado de Direito, da fiel observância à Constituição. A diplomação da chapa é o reconhecimento da lisura do pleito, da legitimidade política conferida soberanamente. A Justiça Eleitoral se preparou para garantir transparência e lisura das eleições", afirmou o ministro.
Ele também comentou sobre a disseminação de fake news, e sobre os discurso de ódio e ataque à democracia, afirmando que os responsáveis serão punidos, para que tal ato não possa acontecer novamente.
"Essa diplomação atesta vitória plena e incontestável da democracia contra os ataques antidemocráticos, desinformação e contra o discurso de ódio proferido por diversos grupos que, identificados, garanto, serão responsabilizados, para que isso não retorno nas próximas eleições".
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