Eleições 2022
'Deixar o passado da corrupção', diz Bolsonaro em ato na Baixada
Candidato à reeleição está em agenda na região nesta quinta (27)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou, em seu último ato na tentativa de se reeleger, um comício na Praça da Matriz, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, nesta quinta-feira (27).
O candidato chegou ao local de moto próximo das 14h. O evento, que estava marcado para às 12h30, começou com atraso de quase uma hora e meia.
Antes da chegada, apoiadores vestidos de verde e amarelo cantaram os jingles da campanha. Logo depois, o presidente, durante rápido discurso, defendeu o patriotismo e atacou seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Não tem preço a volta do patriotismo e do nosso Brasil. Teremos uma das eleições mais importantes do nosso Brasil. Vamos deixar o passado da corrupção. Nós sabemos o que fez o outro lado, roubou a nossa nação por 14 anos, os meus ministros saíram, se candidataram e se elegeram, os ministros de Lula saíram e foram para cadeia”, disse ele.
Não tem preço a volta do patriotismo e do nosso Brasil. Teremos uma das eleições mais importantes do nosso Brasil. Vamos deixar o passado da corrupção
Bolsonaro também afirmou os valores que defende de pátria e família.
“ Durante os quatro anos de mandato tivemos um governo sem corrupção. O povo não aguenta mais a corrupção do PT no Brasil, eles não tem nada para falar dos seus 14 anos comandando o Brasil porque só roubaram nossa pátria. O Bolsa família deles era de R$ 190, já o nosso Auxílio Brasil é de R$ 600 reais”, bradou de cima de um trio e sob forte calor.
O chefe do Executivo também lamentou as mortes na pandemia, a guerra na Ucrânia e afirmou que o Brasil tem a gasolina mais barata do mundo. “A economia do Brasil é um exemplo para o mundo. Todo mês temos nosso empregos. O que temos a dizer também é que somos contra a ideologia de gênero, nós respeitamos os filhos de vocês, somos contra a liberação das drogas, muito diferente do PT. Respeitamos a vida desde sua concepção, somos contra a legalização do aborto. Aqui tem respeito, trabalho, amor à pátria. O mundo olha para nós”, listou o presidente.
Ao seu lado, estavam o governador reeleito Cláudio Castro (PL), o prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, além do senador Flávio Bolsonaro (PL).
Após o ato, Bolsonaro seguiu para Campo Grande, onde fará um outro comício na Praça da Igreja de Nossa Senhora do Desenterro.
Pronunciamento
Na noite da última quarta-feira (26), o presidente interrompeu sua agenda para se reunir com ministros, auxiliares da campanha e comandantes das Forças Armadas em uma reunião no Palácio da Alvorada. Depois, ele fez um pronunciamento à imprensa criticando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele afirmou que, no Nordeste e no Norte, as emissoras de rádio exibiram mais programas do PT do que do PL. Bolsonaro, então, moveu uma ação sobre irregularidades em inserções de rádio nessas regiões do país, que foi rejeitada por Alexandre de Moraes.
Segundo Moraes, a acusação de Bolsonaro trouxe elementos “extremamente genéricos e sem qualquer comprovação".
Bolsonaro afirmou à imprensa que irá até às últimas consequências da ação. “Nosso jurídico deve entrar com recurso, já que foi para o STF. Da nossa parte, iremos às últimas consequências dentro da Constituição para fazer valer o que nossas auditorias constataram: enorme desequilíbrio das inserções [de rádios], isso interfere na quantidade de votos no final da linha", afirmou.
Ele ainda fez ofensas ao ministro. “O presidente do TSE recebeu as provas no tempo hábil, nosso pessoal virou noites trabalhando nisso. Nos surpreende Moraes inverter o processo, nos acusar de gastar dinheiro do fundo partidário para fazer auditoria. Temos uma terceira em via de contratação, do que depender de mim, será contratada", disse o chefe do Executivo.
E continuou: “Sabemos que está em cima, as eleições estão aí, mas meu lado foi muito prejudicado e não foi de agora. Quem tiver mais voto na urna deve assumir o cargo na data adequada". Bolsonaro não comentou sobre o tema durante o seu comício.
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