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    Caso Witzel: acusação pede condenação por crime de responsabilidade

    Publicado 10/04/2021 às 15:30 | Autor: Plantão Enfoco
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    |  Foto: Foto: Karina Cruz
    Wilson Witzel depôs na última quarta-feira (7) no Tribunal de Justiça. Foto: Karina Cruz

    Denunciantes do processo de impeachment do governador do Rio afastado, Wilson Witzel, os deputados Luiz Paulo (Cidadania) e Lucinha (PSDB) entregaram na quinta-feira (8) as alegações finais. Os parlamentares pedem a condenação de Witzel por crime de responsabilidade. 

    Os pareceres foram entregues no primeiro dia do prazo, que é de dez dias. A defesa de Witzel possui agora o mesmo tempo, para também apresentar suas últimas considerações antes da data do julgamento.

    Luiz Paulo falou sobre os fundamentos que levaram a acusação a concluir pelo crime de responsabilidade. 

    "Neste processo há dois casos mais emblemáticos: o da Unir Saúde e do Instituto Iabas. A Unir foi requalificada pelo governador em um ato de ofício, contrariando os pareceres de duas secretarias. No caso Iabas, foram os gestores que ele nomeou que contrataram a organização social para construir sete hospitais de campanha, por cerca de R$ 850 milhões. Dessas sete unidades, apenas a do Maracanã funcionou de forma efetiva, e mesmo assim precariamente”, destacou o deputado.

    O denunciante também comentou o papel de Witzel na construção dos hospitais de campanha e a corrupção na pasta Saúde.

    "Quem quis e anunciou que os hospitais seriam construídos foi o governador afastado. Diante disso, verificamos que houve o crime de responsabilidade. Os réus confessos falaram no processo que a exceção na secretaria estadual de Saúde era não ter corrupção, a regra era ter", argumentou o deputado.

    Relator do processo, o deputado Waldeck Carneiro (PT) destacou os principais pontos dos depoimentos dos quais considerou serem muito ricos e que trouxeram novos elementos.

    "Outro enigma também interessante, é sobre o poder do ex-subsecretário de saúde, Gabriel Neves, que mandava muito pelo visto. Ele contratava sem falar com ninguém, constituía comissão de sindicância com nomes ligados a ele, autorizava pagamentos, então manda muito. Tem muita coisa para se analisar, mas a fase instrutória foi muito rica, trouxe vários elementos", disse Waldeck.

    Segundo Waldeck, assim que o presidente do Tribunal de Justiça e também do Tribunal do Misto, o desembargador Henrique Figueira marcar o julgamento, o político estará com seu relatório e seu voto na sessão que pode culminar na condenação do governador afastado.

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