Política
BusUFF entra em greve a partir desta quinta-feira
O Sindicato dos Rodoviários de Niterói e Arraial do Cabo (Sintronac) informou, na manhã desta segunda-feira (1), que os motoristas dos ônibus da Universidade Federal Fluminense (UFF) irão entrar em greve nesta quinta-feira (4) por tempo indeterminado. De acordo com o sindicato, o objetivo é protestar contra a suspensão do contrato de prestação de serviços entre a empresa Luso Brasileira e a instituição de ensino, anunciada para 25 de abril.
A medida, tomada unilateralmente pela empresa, provocará a demissão de 75 motoristas de ônibus, que atuam em todo o Rio de Janeiro e em outros estados no transporte de estudantes e servidores da UFF, totalizando 59 mil possíveis usuários.
A greve foi decidida em assembleia realizada na sede do Sintronac na manhã de sábado (30). O sindicato informou que pedirá, em caráter de urgência, a mediação do Ministério Público do Trabalho para evitar a anulação do contrato e as demissões.
A diretoria da Luso Brasileira afirma, em seu comunicado enviado à UFF, datado de 25 de março de 2019, que a instituição está há sete meses atrasada com o pagamento pela prestação do serviço de motoristas de ônibus.
“Os rodoviários estão recebendo com atraso seus pagamentos e não recebem as diárias de viagens e as horas extras. A empresa afirma que vai demitir todos e não tem recursos para indenizá-los. Isso fere da legislação trabalhista e é injusto para com os trabalhadores. Por isso, acionaremos o Ministério Público do Trabalho e vamos comunicar formalmente a decisão da assembleia”, afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
Os municípios com maior número de usuários do sistema de transporte da UFF são Niterói, Angra dos Reis, Petrópolis, Campos dos Goytacazes, Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Rio das Ostras, Santo Antônio de Pádua, Volta Redonda e Macaé.
O Sintronac enviou, nesta segunda-feira (1), comunicado oficial para a Reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF), para a empresa Luso Brasileira e para o Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre a paralisação no serviço de transporte, o BusUFF, por conta do atraso no pagamentos dos trabalhadores. Também solicitou ao MPT mediação para que o problema seja solucionado.
Em nota, a UFF afirmou que "o atraso nos pagamentos é consequência da perda real do orçamento das IFES. As universidades federais estão com o orçamento de custeio congelado desde a aprovação da emenda constitucional do teto dos gastos em 2016 e estão sofrendo cortes em verbas discricionárias. Apesar do fluxo financeiro mensal não ter sido regular e o montante repassado ter sido inferior as nossas despesas, a UFF está buscando verbas suplementares e emendas parlamentares para aumentar a sua receita e poder, assim, honrar as suas dívidas".
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