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    Caso Marielle

    Após sete tentativas, medalhas dadas aos irmãos Brazão são anuladas

    Dos 42 vereadores presentes na Câmara do Rio, 20 votaram a favor

    Publicado 11/06/2024 às 17:27 | Autor: André Silva
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    Dos 42 vereadores presentes, 20 votaram a favor, seis se abstiveram e 16 não votaram
    Dos 42 vereadores presentes, 20 votaram a favor, seis se abstiveram e 16 não votaram |  Foto: /Divulgação

    Nesta terça-feira (11), após sete tentativas, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro votou e cassou as medalhas e honrarias Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. A medida foi tomada em meio às acusações de que os irmãos foram os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido em março de 2018.

    A proposta de revogação das medalhas foi apresentada pela vereadora Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco. Ao longo de várias tentativas nos dias 9, 14, 16 e 28 de maio, além de 4 e 6 de junho, a votação foi sistematicamente esvaziada pelos vereadores, que evitavam comparecer para não participar dos votos.

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    Nesta sessão decisiva, 42 vereadores estavam presentes. Destes, 20 votaram a favor da revogação das medalhas, seis se abstiveram e 16 não votaram. A lista dos que votaram a favor inclui:

    - Alexandre Beça (PSD)

    - Átila Nunes (PSD)

    - Cesar Maia (PSD)

    - Jair da Mendes Gomes (PROS)

    - Jorge Pereira (PSD)

    - Luciana Boiteux (PSOL)

    - Luciana Novaes (PT)

    - Marcelo Diniz (PSD)

    - Monica Benício (PSOL)

    - Monica Cunha (PSOL)

    - Pablo Mello (Republicanos)

    - Paulo Pinheiro (PSOL)

    - Pedro Duarte (Novo)

    - Rafael Aloisio Freitas (PSD)

    - Rosa Fernandes (PSD)

    - Tainá de Paula (PT)

    - Teresa Bergher (PSDB)

    - Thaís Ferreira (PSOL)

    - William Siri (PSOL)

    - Zico (PSD)

    Os que decidiram se abster foram: Alexandre Iesquerdo (União Brasil), Celso Costa (Republicanos), Rogério Amorim (PL). Marcos Braz (PL), Rocal (PSD) e Vera Lins (Progressistas). Os vereadores que não votaram incluem: Carlo Caiado (PSD), Carlos Bolsonaro (PL), Dr. Carlos Eduardo (PDT), Ulisses Marins (União Brasil) e Waldir Brazão (União Brasil).

    A vereadora Mônica Benício destacou a importância simbólica da revogação das medalhas e a luta contra o poder paralelo das milícias no Rio de Janeiro:

    "Durante esses seis anos, a Marielle se tornou um símbolo potente. Foi a coletividade e a sociedade que identificou a grandeza da Marielle e a transformou nesse símbolo," declarou Benício. "Quando eu comecei isso, achei que ia ser uma solicitação simbólica pedir a revogação, mas a própria Câmara mostrou o poder da família Brazão nessa cidade. Essa Câmara é hoje comprometida com o poder que não é mais paralelo, que é a milícia. E é isso que precisamos derrubar e lutar contra," enfatizou a vereadora.

    No dia 7 de junho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa como mandantes do homicídio de Marielle Franco e integrantes de uma organização criminosa. A denúncia foi baseada na delação do matador-confesso, Ronnie Lessa, que implicou os irmãos Brazão no crime.

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