Investigação
Viúva de corredor volta à DH após pedido de prisão de motorista de van
Justiça ainda não emitiu mandado de prisão

Apesar de não ter sido convocada formalmente para depor pela segunda vez, a jovem Maria Eduarda Celestino, 27, viúva do corredor Lucas Celestino, decidiu retornar por conta própria à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), nesta quarta-feira (16), após a polícia representar pela prisão do suspeito, por homicídio com dolo eventual.
O marido dela foi morto após ter sido atropelado pelo motorista de uma van da linha M557, que liga Boa Vista ao Rio de Janeiro, na BR-101, altura de São Gonçalo. Everton Oliveira Lessa da Costa, de 37 anos, foi identificado pela polícia e levado à especializada na terça (15) para prestar depoimento. Ele foi liberado. A Justiça ainda não emitiu mandado de prisão.
Visivelmente emocionada, Maria Eduarda descreveu o momento em que soube que o suspeito estava detido.
“A gente teve uma informação de uma amiga, o marido dela trabalha com vans, e lá entre eles disseram que alguém tinha sido preso. Aí a gente levou o advogado até a delegacia e foi confirmado que ele tinha vindo prestar depoimento”, contou a viúva Maria Eduarda Celestino.

Ao comentar sobre a identificação do suspeito, a mulher de Lucas revelou o sentimento:
“Não diminui a dor, mas é um alívio. Agora tem um rosto, a gente vai saber o que realmente aconteceu, por quê ele não socorreu o meu marido”, frisou.
Ela também destacou sua fé e a confiança nas investigações conduzidas pela DHNSG.
“A gente viu que teve um grande cerco, que eles [policiais] ficaram em silêncio porque realmente não podiam falar. Eles estão trabalhando muito bem”, afirmou.
Com a voz embargada, ela fez um desabafo sobre seu processo emocional e espiritual após a tragédia.
“Hoje de manhã mesmo falei que estou pedindo para Deus purificar meu coração, tirar os sentimentos ruins, porque isso não é o que o Lucas gostaria que eu carregasse. Eu acredito muito na Justiça de Deus. Porque aqui na terra talvez eu não tenha todas as respostas, mas não posso aprisionar meu coração nisso”, contou.
A Polícia Civil segue investigando o caso. A van segue no pátio da sede da DHNSG.


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