Vítimas da chacina em SG são homenageadas com Memorial

Cerca de 200 pessoas entre familiares, amigos e moradores do bairro Porto Velho realizaram na manhã deste domingo um ato ecumênico para homenagear as vítimas da chacina ocorrida há uma semana. O Ato acontece no “Campo da Brahma”, local que fica em frente ao bar onde aconteceram os crimes.

Uma cruz com uma placa com o nome das vítimas foi colocada na entrada do estabelecimento. Na inscrição diz: “ Temos que ter convicção que dias melhores virão para o nosso bairro. Saudades daqueles que partiram”.

De acordo com Denil Lima, morador do local há 50 anos e um dos organizadores, a celebração foi para pedir paz.

"Queremos que isso nunca mais se repita. É muito difícil para todos ficar com ausência daqueles que partiram. Era para estarmos reunidos aqui esperando terminar o futebol para fazermos a mesma brincadeira que acontecia há 30 anos e nem sabemos se vamos retormar",desabafou.

Após a celebração ecumêmica as celebrações religiosas houve a soltura de balões. O evento terminou um pouco antes do previsto por conta da forte chuva que caiu.

O público presente veste branco e alguns parentes das vítimas usam camisas com a foto dos familiares mortos na chacina.

Relembre o caso

Na noite de domingo (26) quatro pessoas foram mortas e sete ficaram baleadas depois que um carro modelo HB20 na cor preta, passou e três ocupantes desceram do veículo e atiraram contra as vítimas que estavam reunidas em um bar no “Campo da Brahma”.   

De acordo com a polícia, após o crime o mesmo criminosos que estavam no mesmo veículo roubaram clientes de um bar no bairro Gradim conhecido como “Preá” e ainda deram tiros para o alto.  

Segundo a polícia, duas pessoas morreram no local e outras duas chegaram a ser encaminhadas ao Pronto Socorro Central de São Gonçalo (PSC), mas não resistiram. 

Duas vítimas foram sepultadas na segunda-feira (27) e outras duas na terça-feira (28). Todos os enterram foram realizados no Cemitério São Gonçalo no Centro. 

As investigações estão em andamento pela Divisão de Homicídios de Niterói São Gonçalo Itaboraí e Maricá (DHNSGI), e uma das hipóteses da polícia é que o crime tenha sido uma ação de traficantes da região que disputam o território com a milícia.