Polícia
Um mês de busca por jovem que sumiu a caminho de Niterói
Eram 22h42 de 9 de setembro, uma sexta-feira, quando Júlia Mattos da Natividade, de 21 anos, deixou o condomínio onde vivia com a família em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
O destino da jovem era o bairro da Engenhoca, na Zona Norte de Niterói, onde seu namorado Robson Abreu Santos, de 36 anos, mantinha um estúdio de tatuagem.
Desde então, as duas famílias perderam qualquer contato com o casal. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) instaurou um inquérito para apurar o desaparecimento, mas até o momento as buscas foram inócuas.
O pai da desaparecida, Fernando Natividade, relata que a sensação é de angústia: "Estamos há um mês, sem informação sobre o paradeiro da minha filha, sem saber se ela está bem".
Fernando utiliza a internet para pedir informações. A busca por Júlia foi encampada também pelo Disque-Denúncia, que ainda não recebeu informações.
Quando deixou Bangu, Júlia acabara de reatar o relacionamento com Robson. Haviam terminado há três semanas — mais uma interrupção no namoro, que iniciou em fevereiro.
Fernando relatou ainda que o relacionamento não foi aceito pela família, pois Júlia abandonou os estudos desde que conheceu Robson. Ela cursava Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Enfermagem em uma faculdade particular.
"Ela sempre teve um comportamento tranquilo, mas estava distante da família, trancou as duas faculdades e surgiu com essa ideia de ser tatuadora", relatou Fernando.
A Polícia Civil chegou a levantar a suspeita de que o casal saiu do País, mas a possibilidade é descartada pela família, considerando as limitações financeiras do casal.
Sem saber se os dois entraram em alguma aventura ou sofreram algum ataque, a delegacia segue nas buscas.
Estas foram as últimas imagens da jovem:
O desaparecimento gerou atrito entre as famílias. Enquanto os pais de Júlia sustentam que Robson tinha uma vida turbulenta com passagens policiais por violência doméstica, um irmão de Robson usa as redes sociais para protestar contra as acusações.
"Estamos sem notícias também. Meu irmão não é nenhum bandido ou sequestrador. Eu sou irmão e estou aqui para defender ele no que der e vier", afirmou.
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