Trio é condenado pela morte de torcedor do Flamengo em Niterói

Três torcedores do Vasco foram condenados por envolvimento na morte de Carlos Afonso, torcedor do Flamengo baleado em uma briga de torcidas em Niterói em 2017. As penas, determinadas pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói somam 75 anos de prisão.

Os réus — Rodrigo de Oliveira Lessa, Adriano Marcondes da Costa e Naohiro de Lira Tamura — foram condenados por homicídio qualificado e crime tentado. O caso foi a júri popular na última terça-feira (15). O policiamento em torno do Fórum foi reforçado e o plenário foi evacuado, devido à possibilidade de confronto entre torcidas.

O crime aconteceu em 28 de outubro de 2017 no bairro Tenente Jardim, na Zona Norte de Niterói, horas antes de um clássico entre Vasco e Flamengo pela série A do Campeonato Brasileiro.

Na ocasião, cerca de 80 torcedores da organizada Jovem do Flamengo estavam concentrados em uma padaria na altura 660 da rua Dr. March. O grupo estava reunido para troca de ingressos.

Por volta das 14h30 da tarde, teve início uma briga entre o grupo e torcedores do Vasco. Em meio a ataques com bombas e pedaços de madeira, dois veículos (um Gran Siena cinza e um Palio branco) se aproximaram da padaria, e os ocupantes disparam cerca de dez vezes contra a multidão.

Um dos disparos atingiu Carlos Afonso na cabeça. A vítima não resistiu aos ferimentos e, após três dias de internação, faleceu. Carlos tinha 24 anos e morava em Magé. Outras duas pessoas que estavam dentro da padaria foram baleadas, mas sobreviveram.

O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói. Através de depoimentos e reconhecimento em sede policial, a Polícia Civil concluiu que os três ocupantes dos carros faziam parte da torcida organizada da Força Jovem do Vasco.

Rodrigo de Oliveira Lessa da Costa, conhecido como Jack Bauer, estava dirigindo o Pálio, enquanto Adriano Marcondes da Costa, conhecido como Thuram, estava no banco traseiro.

As testemunhas do processo afirmaram que os disparos partiram deste veículo. A dupla, que estava presa preventivamente desde o ano do crime, foi levada a júri. Jack Bauer e Thauram foram condenados a 31 e 16 anos de prisão, respectivamente.

O outro condenado estava embarcado no Grand Siena. Naohiro de Lira Tamura está foragido e sua pena é de 28 anos.