Operação
Tiroteio na caçada a assassinos de policial marido de juíza; vídeo
No dia 30 de março, o casal foi abordado por criminosos
Um intenso tiroteio deixa moradores em pânico na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã desta terça-feira (15).
A Polícia Civil faz uma operação no local com o objetivo de capturar os responsáveis pela morte do policial civil João Pedro Marquini, de 38 anos. De acordo com relatos, a troca de tiros já dura há pelo menos 30 minutos, e as ruas estão fechadas.
O policial João Pedro era casado com a juíza Tula Mello. No dia 30 de março, o casal foi abordado por criminosos na Grota Funda, Zona Oeste do Rio, e Marquini foi morto ao tentar reagir ao assalto.
Policiais da Delegacia de Homicídios e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), unidade de elite da Polícia Civil da qual Marquini fazia parte, avançaram na comunidade da Ladeira dos Tabajaras pelos acessos de Botafogo e Copacabana. A área foi palco de intensos confrontos. As ruas Pinheiro Guimarães e Real Grandeza foram bloqueadas devido à operação.
Por medida de segurança, uma escola da região optou por cancelar o recreio ao ar livre, mantendo os alunos dentro das salas. Em três creches da região, as crianças precisaram se abaixar nos corredores para se proteger dos tiros.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver helicópteros da Polícia Civil sobrevoando bairros de casas e fazendo rasantes sobre o Cemitério São João Batista, além de agentes da Core em diversas vias de acesso à comunidade.
Assassinato do policial
Na noite de 30 de março, Marquini e sua esposa, a juíza criminal Tula Mello, retornavam de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, cada um em seu próprio veículo. Mais cedo, o policial havia ido com ela, de carona em seu Outlander, até a oficina onde estava seu Sandero, que passava por reparos.
Diante do congestionamento no Túnel da Grota Funda, o casal optou por pegar a estrada da serra como rota alternativa. Marquini seguia na frente, dirigindo seu Sandero, enquanto Tula vinha logo atrás. Em uma curva, criminosos que bloqueavam a via abordaram o veículo dela, um Outlander.
Percebendo a ação dos criminosos, Marquini ligou para um amigo e colocou o celular no viva-voz. Tula tentou dar ré, mas os bandidos abriram fogo. Marquini saiu do carro com a arma em mãos, mas não chegou a disparar. Ele foi atingido por cinco tiros de fuzil. O veículo da juíza foi atingido por três disparos, mas, por ser blindado, Tula não sofreu ferimentos.
Após cometer o crime, os criminosos fugiram para a comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena, que há mais de um ano é controlada pelo Comando Vermelho (CV).


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