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    Investigação

    Técnica resgata celular usado como prova contra anestesista

    Telefone estava com a polícia

    Publicado 15/07/2022 às 7:11 | Atualizado em 18/07/2022 às 11:27 | Autor: Enfoco
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    Crime aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart no último domingo
    Crime aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart no último domingo |  Foto: Marcelo Tavares

    Uma técnica de enfermagem, de 36 anos, do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, esteve nesta quinta-feira (14) na Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) da Baixada Fluminense para resgatar o telefone celular usado para fazer as imagens do anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprando uma paciente após o parto.

    O aparelho foi periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli para comprovar que não houve nenhum tipo de manipulação no aparelho. Nas imagens, o médico fica mais de 10 minutos, naquela posição, junto a cabeça da paciente, que está inerte, totalmente dopada e que, vez por outra, é puxada pela cabeça pela mão do anestesista.

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    Enquanto a equipe médica está concentrada na sutura da paciente, o anestesista fica do outro lado, junto a cabeça da paciente, no centro cirúrgico, protegido por um tipo de capa enorme, que não é usada normalmente por anestesistas.

    Ele fica com o ombro encostado junto ao pano usado para separar a equipe médica do anestesista, arrumando o pano sempre que foge do seu ombro. A finalidade é ficar mais escondido, para praticar o crime contra uma pessoa indefesa e vulnerável. 

    No domingo (10), o anestesista Giovanni Bezerra participou de três cirurgias de cesariana. O marido da segunda mulher, que teve gêmeos no Hospital da Mulher, esteve na tarde desta quinta, prestando depoimento à polícia. Ele deixou a delegacia sem conversar com os jornalistas.

    A primeira mulher que teve filho no domingo, chegou acompanhada do advogado, usando um capuz e também deixou a delegacia sem falar com os repórteres. O advogado disse apenas que ela tem 30 anos e é mãe solo.

    Exame de HIV

    A titular da Deam, delegada Bárbara Lomba, informou que não descarta pedir na Justiça que o anestesista seja obrigado a fazer um exame de HIV. A delegada disse que a mulher estuprada durante o parto tomou um coquetel anti-HIV no domingo, seguindo o protocolo para os casos de violência sexual.

    Medidas

    O governador Cláudio Castro visitou nesta quinta pela manhã o Hospital da Mulher Heloneida Studart. “Fiz questão de parabenizar a coragem da equipe que denunciou esse monstro [o médico Giovannni Bezerra] anestesista que está preso e no lugar que merece”.

    Castro disse ainda que determinou para a Secretaria de Saúde a revisão de todos os protocolos e procedimentos. “O governo do Estado já está dando toda assistência à vítima e o apoio para a equipe que atuou no caso. Meu compromisso é garantir que uma atrocidade como essa não volte a se repetir”.

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