Homicídio
Suspeitos de matarem médicos eram investigados por outras execuções
Lesk e Ryan podem estar envolvidos em outros 17 homicídios
Dois dos quatro suspeitos envolvidos no ataque a tiros que resultou na morte de três médicos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, estavam sob investigação devido a execuções em uma guerra territorial contra milicianos na mesma região.
Philipp Motta Pereira, conhecido como Lesk, e Ryan Soares de Almeida foram identificados como responsáveis por alguns dos 17 homicídios registrados apenas este ano na Rua Araticum, no bairro do Anil, que ficou conhecida como 'Rua da Morte' devido à violenta disputa territorial entre milicianos e a facção criminosa Comando Vermelho (CV) que se desenrola desde o ano passado.
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Tanto Lesk quanto Ryan tinham mandados de prisão em aberto por homicídio. Eles faziam parte da 'Equipe Sombra', uma facção ligada ao Comando Vermelho, cuja responsabilidade incluía ataques contra rivais para retomada de territórios.
Nas redes sociais, Lesk ostentava fotos que o ligavam ao mundo do crime, chegando a aparecer com uma camisa estampada com os dizeres 'Tropa do BMW', apelido do também traficante Juan Breno Malta, e 'EQP Sombra Araticum', referindo-se ao nome do grupo ao qual pertenciam.
Além disso, a camisa continha o número 121, que faz alusão ao artigo do Código Penal que trata do crime de homicídio.
Ryan chegou a ser preso este ano, mas conseguiu escapar durante o processo de depoimento. Relatos indicam que ele teria agredido um policial militar após ter suas algemas removidas e, em seguida, conseguiu fugir do local.
Antes dessa prisão, Ryan já havia sido detido em 2020 por crimes relacionados ao tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e corrupção de menores. No ano seguinte, ele foi libertado.
Ambos Lesk e Ryan estavam entre os quatro indivíduos suspeitos de envolvimento na morte dos médicos.
Os corpos dos suspeitos foram encontrados em dois veículos nos arredores da Gardênia Azul, em Jacarepaguá. A Polícia Civil também está investigando a participação de outros dois traficantes no assassinato dos médicos, Juan Breno Malta Ramos Rodrigues (BMW) e Bruno Pinto Matias (Preto Fosco), que atualmente estão foragidos.
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