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    Niterói

    Suspeito abandonou cachorra a mando de mulher, diz delegado

    Wellington Vieira falou que o homem não era o tutor do animal

    Publicado 17/10/2022 às 16:11 | Autor: Tiago Souza
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    Cadela Zaira foi deixada em uma esquina do Fonseca, em Niterói, em uma mala na última semana
    Cadela Zaira foi deixada em uma esquina do Fonseca, em Niterói, em uma mala na última semana |  Foto: Via grupo Enfoco

    O homem que abandonou a cadela Zaira dentro de uma mala em uma esquina do bairro do Fonseca, em Niterói, no último dia 11, pode ter feito a mando de uma mulher, disse o delegado da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Wellington Vieira. 

    De acordo com o chefe da especializada, uma testemunha que teria visto o crime deve ser chamada a depor na delegacia. A cadela foi encontrada por moradores dentro de uma mala de viagem muito fragilizada e com a boca amarrada. 

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    Segundo as investigações, tudo indica que a cadela não pertence ao homem que a deixou na rua, mas a uma mulher, que teria ordenado o abandono. O suspeito e a ex-dona da cachorra podem responder por maus-tratos. A pena é de dois a cinco anos de prisão, em caso de condenação. 

    "Eu nunca vi um caso como este. Um cachorro trancado dentro de uma mala foi a primeira vez. Não tem como não dizer que não foi a intenção de matar porque foi. Era para a cadela morrer no sol, sem água, sem respirar. Isso foi feito da forma mais cruel possível. A cadela não é dele, ela era de uma moradora do Fonseca. Possivelmente, o rapaz fez o trabalho de deixar o cão no local", disse. 

    Imagem ilustrativa da imagem Suspeito abandonou cachorra a mando de mulher, diz delegado
    |  Foto: Marcelo Tavares
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    Eu nunca vi um caso como este. Um cachorro trancado dentro de uma mala, não tem como não dizer que não foi a intenção de matar porque foi
    Wellington Vieira delegado
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    A ex-tutora da cadela e o rapaz que abandonou o animal ainda não foram identificados, mas os agentes da DPMA podem chegar a qualquer momento aos suspeitos, já que a delegacia está recebendo diversas informações sobre o caso.

    "Estamos recebendo inúmeras informações porque temos uma rede de protetores. Pedimos que as pessoas denunciem esses casos", contou o delegado.

    As pessoas podem fazer a denúncia em um número exclusivo pelo Disque Ambiental (21) 2582-7240.

    O caso 

    Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente está investigando o caso
    Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente está investigando o caso |  Foto: Marcelo Tavares

    A cachorra foi deixada dentro da mala fechada e tinha a boca amarrada com barbantes. Uma senhora que passava pela rua viu a mala se mexer e decidiu abrir. Os moradores, em um primeiro momento, ofereceram água e comida, e perceberam que ela não conseguia se levantar. Uma jovem resgatou o animal e o levou ao veterinário.

    A autônoma Danielle Paiva, que foi uma das responsáveis pelo resgate da cachorra, conversou com o ENFOCO e explicou como foi ver a cena da cachorra na mala. 

    “Uma das moradoras da rua estava indo no mercado, foi quando ela viu a mala mexer e deu uma olhada no que tinha dentro. Foi quando a cachorrinha colocou a cabeça para fora e um rapaz passou na hora. A vizinha, então, pediu uma faca para ele para tirar o barbante que estava na boca da animalzinha. Eu cheguei logo depois e vi. Colocamos água e depois chegou a Geovana, que nos ajudou a arrumar o taxidog. Foi quando levamos a cachorra para a clínica veterinária em Santa Rosa. Foi bem triste, você não esperava ver um animal do jeito que estava. Ela estava amordaçada, cheia de fezes, com um odor muito forte dentro da mala, da cintura ela estava com uma toalha”, disse ela que tem 30 anos. 

    Sobre a adoção, Danielle afirma: “só vamos liberar ela para adoção quando vermos que ela está bem e com uma pessoa que esteja apta para arcar com todos os custos. A gente está analisando tudo porque a cachorrinha já foi vítima de maus-tratos”.

    A cachorrinha também possui um Instagram @labradoradamala e lá as pessoas que cuidam dela compartilham o dia a dia do animalzinho. Ela está em uma clínica em Santa Rosa, onde realizou um ultrassom e fez exames de sangue. 

    "Esses exames não mostraram alterações graves. Agora, vamos fazer um exame de raio-x para ver se ela tem alguma lesão no quadril, já que Zaira ainda não consegue se levantar desde o dia que a encontramos. Não sabemos se ela não levanta por ter alguma lesão ou pelo trauma ou se ela tem um dano degenerativo ou neurológico", disse o parlamentar. 

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