Polícia
Salgueiro: MP quer reconstituir ação que resultou nas mortes
O Ministério Público informou, nesta quinta-feira (2), que estuda a possibilidade da reconstituição da operação feita pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE), no último dia 21 de novembro, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. A ação, intensificada após a morte do policial militar Leandro Rumbelsperger, terminou com nove mortes e corpos encontrados por moradores em uma área de manguezal na localidade conhecida como Palmeira.
De acordo com uma nota divulgada pelo Ministério Público, nove policiais militares, incluindo o comandante da ação, que participaram do confronto armado, já foram ouvidos nesta semana. Dois deles prestaram depoimento nesta quarta-feira (1°). Segundo o MP, existe a possibilidade de outros militares envolvidos na ação que durou mais de 30 horas podem ser ouvidos durante o decorrer das investigações.
Em investigação que corre em paralelo com o procedimento do MP, a Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) também ouviu três policiais militares envolvidos na ação durante a semana.
As investigações do Ministério Público da Divisão de Homicídios de Niterói buscam identificar as circunstâncias da ação da Polícia Militar que terminou com a morte de nove homens, que seriam suspeitos de integrarem o tráfico de drogas da região. As ações do dia 21 de novembro foram intensificadas após um policial militar, lotado no Batalhão de São Gonçalo (7°BPM), ter sido alvejado e morto por traficantes do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na manhã do dia 20 de novembro.
Na tarde do dia 21, os militares afirmaram terem sido atacados por criminosos armados da localidade conhecida como Palmeira, em São Gonçalo. Segundo a Polícia Militar, houve intenso confronto armado naquela região e um homem, acusado de ter participado do atentado contra o policial militar foi morto. Na manhã do dia seguinte, oito corpos foram encontrados por moradores em uma área de manguezal localizada em uma das oito localidades que compõem o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
Após encontrarem os corpos, moradores daquela região acusaram os policiais militares de terem torturado os mortos encontrados no manguezal, o que foi negado através do laudo de necropsia realizado nos oito corpos, que negaram qualquer tortura e afirmaram que as mortes foram causadas por ferimentos oriundos de arma de fogo.
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