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    Prisão

    Roberto Jefferson passará por audiência em presídio do Rio

    Ex-deputado resistiu à prisão e atirou contra agentes da PF

    Publicado 24/10/2022 às 11:14 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    Político chegou no início da madrugada no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio
    Político chegou no início da madrugada no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio |  Foto: Marcelo Tavares

    O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) deve passar por uma audiência de custódia na tarde desta segunda (24). O político foi preso neste domingo (23) depois de descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, após xingamentos contra a ministra Cármen Lúcia. Jefferson estava em prisão domiciliar e monitorado. Além disso, ele também não podia fazer uso de suas redes sociais.  

    Roberto Jefferson foi preso neste domingo (23) após resistir à prisão atirando e lançando granadas contra agentes da Polícia Federal, inclusive ferindo dois deles. 

    Ele segue no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. Após a audiência, que acontece às 16h por videoconferência, ele deve ser transferido para o Complexo Penitenciário de Bangu 8, na Zona Oeste da cidade.

    Após a audiência, que acontece às 16h por videoconferência, ele deve ser transferido para o Complexo Penitenciário de Bangu 8, na Zona Oeste da cidade

      

    Leia+: Roberto Jefferson atira em agentes da Polícia Federal

    Desde janeiro, Jefferson cumpria prisão domiciliar. Ele foi preso em agosto de 2021 após acusações de que fazia parte de milícias digitais que atacavam a democracia e incitavam a homofobia. Ele também disse à época ser a favor de uma intervenção militar. 

    O ministro Alexandre de Moraes determinou a volta dele ao regime fechado pelo descumprimento de algumas medidas cautelares, por exemplo, não poder receber visitas e passar orientações a membros do partido. 

    Em um áudio divulgado, Jefferson diz a membros do PTB: “Eu peço ao Sabino que assuma a rédea do partido, por favor, lá no Rio Grande do Sul. O Sabino é um cristão, é um homem heroico, amigo com A maiúsculo também, corajoso, casado com uma mulher cristã da melhor qualidade, a Tanise. Tem formação, sabe da nossa causa". 

    Além disso, ele também deu uma entrevista para um canal de TV no YouTube, o que não é permitido. 

    Na decisão do ministro, o ex-deputado compartilhou e promoveu notícias fraudulentas que atingiram o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus membros. 

    Jefferson também atacou diretamente a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Eu tô indignado. Não consigo. Fui rever o voto da bruxa de Blair, da Cármen Lúcifer, na censura prévia da Jovem Pan. Olhei de novo, não dá pra acreditar”, disse Jefferson. Ele ainda compara Cármen a uma prostituta e teve falas misóginas sobre a aparência da ministra. 

    A ministra foi uma das que votaram a favor do direito de resposta da Jovem Pan ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois que membros da emissora foram proibidos de usar palavras como ‘ladrão', 'descondenado' e afirmando que se ele for eleito, irá perseguir cristãos, dentre outras ofensas que a defesa de Lula afirmou que feriram a honra do candidato e que eram alegações falsas. 

    Ataque à PF 

    Agentes da Polícia Federal foram até a casa dele em Comendador Levy Gasparian, no estado Rio. No local, Jefferson atacou os policiais com granadas e armas. O delegado Marcelo Vilella e a agente Karina Lino Miranda de Oliveira foram atingidos por estilhaços de granada jogada por Jefferson. Eles foram atendidos, levados para um hospital local e liberados. Os dois passam bem e tiveram ferimentos leves. 

    Jefferson, no entanto, demorou para se render. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar estiveram no local e negociaram uma rendição com o ex-presidente do PTB por aproximadamente 8 horas. Jefferson foi preso e chegou à Superintendência da Polícia Federal no Rio pouco depois das 19h. De lá, ele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou pelo exame de corpo de delito e, em seguida, foi encaminhado para o presídio em Benfica. 

    Ao todo, 13 armas eram registradas no nome de Jefferson, no entanto, desde que foi preso no ano passado ele não podia mais ter acesso aos armamentos.

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