Laudo
Reviravolta no caso da jovem morta a facadas em shopping de Niterói
Laudo médico apontou que acusado sofre de doença mental
NITERÓI - A morte da jovem Vitórya Melissa Mota, esfaqueada dentro de um shopping em Niterói, Região Metropolitana do Rio, em junho de 2021, ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (25). Isso porque o laudo psiquiátrico de Matheus dos Santos da Silva, de 22 anos, acusado de cometer o crime, apontou que ele sofre de transtorno mental e não dispõe de capacidade para entender o ato.
Com isso, o parecer assinado pela médica psiquiatra Sandra Greenhalgh dá conta de que ele não tinha qualquer capacidade de entender o crime que estava cometendo. A partir do resultado do laudo, a defesa de Matheus aposta na redução da pena e que o cumprimento ocorrerá através de tratamento psiquiátrico.
O periciado, ao tempo da ação ou omissão, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
Segundo o laudo, Matheus foi diagnosticado com transtorno esquizotípico. Doença mental que dificulta a manutenção de relacionamentos saudáveis. Ainda de acordo com a psiquiatra, o acusado precisa ser internado para tratamento, com reavaliação a cada três anos.
Com essa evidência fica claro que Matheus não tinha o menor conhecimento do que fazia naquele momento
Denúncia
O laudo médico contraria a denúncia do Ministério Público, que qualifica o crime como homicídio qualificado, e pede pena de 12 a 30 anos de prisão. O julgamento estava marcado para o dia 6 de dezembro do ano passado, mas a juíza Nearis dos Santos Arce pediu a perícia médica para avaliar as capacidades mentais de Matheus.
Caso
Vitorya foi morta no dia 2 de junho, quando almoçava na Praça de Alimentação do Plaza Shopping, em Niterói. O acusado se aproximou, e durante uma conversa com a jovem, começou a esfaqueá-la.
Na ocasião, testemunhas afirmaram que Vitorya chegou a gritar pedindo para Matheus se afastar e tentou se levantar, mas acabou impedida ao ser atingida pelas facadas. Segundo as investigações, ele só parou o ataque ao ser contido por uma testemunha, que o imobilizou até a chegada dos seguranças do shopping e da polícia.
A vítima chegou a ser encaminhada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Durante a primeira audiência, ocorrida em agosto, prestaram depoimentos sete testemunhas de acusação e outras seis indicadas pela defesa do acusado, além de Márcia Maria Mota, mãe de Vitórya, como testemunha do juízo.
Orientado por suas advogadas, o acusado pelo crime permaneceu calado ao ser interrogado.
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