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    Corpo foi sepultado

    Reviravolta: crime na Parada LGBTQIA+ de Niterói foi premeditado

    Amigos de Luiz Henrique dizem que rapaz e suspeito tinham rixa

    Publicado 09/08/2022 às 18:24 | Atualizado em 09/08/2022 às 20:15 | Autor: Rômulo Cunha
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    Corpo de Luiz Henrique foi enterrado no Cemitério do Maruí
    Corpo de Luiz Henrique foi enterrado no Cemitério do Maruí |  Foto: Marcelo Eugênio

    O assassinato do jovem Luiz Henrique Lima, de 22 anos, durante a Parada LGBTQIA+ de Niterói, no último domingo (7), pode ter sido premeditado. Amigos da vítima afirmam que o rapaz e o acusado do crime eram conhecidos e tinham uma rixa. O corpo do jovem foi sepultado na tarde desta terça-feira (9) no Cemitério do Maruí, no Barreto, Zona Norte da cidade. A identidade suspeito ainda não foi confirmada pela polícia. 

    Leia+: Irmã diz que esbarrão motivou facada que matou jovem na parada LGBT

    Amiga de Luiz, Adriana Moreira, acredita que o esbarrão foi proposital.

    “O que ele fez foi com a intenção de matar, não para machucar. O esbarrão foi proposital. Nós queremos justiça. Isso não pode ficar impune, e ele não pode ser mais um. Ele não vai ser mais um. Não vamos conseguir esquecer a passagem dele aqui. Foi uma honra conhecer um ser humano como ele”, lamentou

    Outro amigo, que preferiu não ser identificado, relatou que Luiz Henrique e o suspeito tinham desentendimentos há pelo menos três anos.

    “Isso vem há mais de três anos. Nós todos, inclusive o assassino, somos amigos em comum. O motivo não foi só um esbarrão no ambiente. Ele já deixou claro que ele tinha ódio do Luiz. O esbarrão foi só o que ele procurou para ter um motivo. Ele saiu de casa já com isso premeditado”, afirmou.  

    O amigo lamentou a perda de Luiz Henrique, que levou 11 facadas em um evento que celebrava a diversidade e a luta contra o preconceito.

    “Uma pessoa que sai de casa para ir a uma passeata para ter o nosso direito de ser gay e tira a vida de um outro gay, ele não tá ali para ter um direito. Acredito eu que ele é mais homofóbico do que os héteros. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. Estamos em estado de choque. Ninguém entende. Foi uma coisa inacreditável”, completou.

    Mãe do rapaz, Adriana Maria de Lima precisou ser amparada
    Mãe do rapaz, Adriana Maria de Lima precisou ser amparada |  Foto: Marcelo Eugênio

    De acordo com o laudo de necropsia do corpo do jovem, a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico por mecanismo perfurocortante. Luiz Henrique levou facadas na testa, três no tórax, duas no braço direito e cinco no braço esquerdo.

    Luiz Henrique morava em Trindade, em São Gonçalo. A família, bastante abalada, não quis falar com a imprensa durante o velório. A mãe, Adriana Maria de Lima, de 41 anos, passou mal e teve que receber auxílio de cadeiras de rodas. Em conversas, familiares da vítima pediam apenas justiça.

    Leia+: Jovem é morto a facadas durante parada LGBTQIA+ em Niterói

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    • Amigos prestaram homenagens ao jovem de 22 anos
      Amigos prestaram homenagens ao jovem de 22 anos | Foto: Marcelo Eugênio
    • Amigos prestaram homenagens ao jovem de 22 anos
      Amigos prestaram homenagens ao jovem de 22 anos | Foto: Marcelo Eugênio
    • Amigos prestaram homenagens ao jovem de 22 anos
      Amigos prestaram homenagens ao jovem de 22 anos | Foto: Marcelo Eugênio
    • Amigos prestaram homenagens ao jovem de 22 anos
      Amigos prestaram homenagens ao jovem de 22 anos | Foto: Marcelo Eugênio
     

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    Relembre o caso

    Luiz Henrique foi morto a facadas
    Luiz Henrique foi morto a facadas |  Foto: Redes Sociais

    Luiz Henrique estava na parada LGBTQIA+, realizada neste domingo (7) na orla da Praia de Icaraí, Zona Sul de Niterói, quando foi atacado por um homem armado com uma faca.

    Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu o rapaz no local. A vítima chegou a ser levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heat), no Fonseca, na Zona Norte da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

    A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG) investiga o caso. A Polícia Militar informou que não foi acionada para o caso.

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