Polícia
‘Rápido e assustador’: neto relata socorro de avó baleada em São Gonçalo
“Foi tudo muito rápido e assustador. Tive que manter a calma e controlar todas as minhas ações”. O relato é do neto de Luzia Ferreira Silva, de 86 anos, baleada dentro de casa durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes, no último sábado (26), no bairro Engenho do Roçado, em São Gonçalo.
De acordo com o neto da vítima, que preferiu não se identificar, tudo aconteceu por volta de 9h, quando ele estava junto da avó e da irmã dentro de casa na Alameda Ponta Porã, no Engenho do Roçado, e iniciou-se uma longa troca de tiros. Luzia estava na varanda de casa e, ao ouvir os primeiros disparos, gritou por ajuda. O neto da vítima acreditava que ela buscava ajuda para se abrigar, mas o pior já tinha acontecido. Um disparo atingiu o cotovelo da idosa e saiu no antebraço. Ela foi socorrida por ele e levada para o Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), no Colubandê, onde passou por uma cirurgia e recebeu alta médica no último domingo (27).
“Tava sozinho praticamente. Tive que socorrer minha vó, acalmar minha irmã e ainda planejar como ia passar a notícia pra minha mãe, que não tava em casa na hora. Além disso, ao chegar no hospital, ainda tive que ouvir gracinha de PM falando que eu tava na varanda trocando tiro com eles. Enfim, minha avó não corre risco de morte... Já tá em casa. Foi só um susto”.
Neto da vítima
Questionado em uma possibilidade de mudança para outro local, o neto da vítima não titubeou e afirmou que já colocou lojas de sua propriedade à venda no bairro.
“Infelizmente, o nosso lugar ficou bastante complicado nos últimos meses. Não é questão de colocar culpa em ninguém, mas sempre queremos o melhor para nossa família”, concluiu.
A Polícia Militar afirmou que equipes do Batalhão de São Gonçalo (7° BPM) foram acionados para o Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), no Colubandê, para verificarem a entrada de uma mulher baleada na unidade de saúde. Ao chegarem no local, constataram o fato e registraram o caso na Delegacia do Alcântara (74ª DP), que vai investigar as circunstâncias do ocorrido.
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