Audiência
'Que seja condenado', diz mãe do menino agredido por Possobom
Primeira audiência do caso aconteceu nesta quinta-feira (3)
A 1° audiência de instrução e julgamento de Victor Arthur Pinho Possobom, de 32 anos, aconteceu na tarde desta quinta-feira (3), na 1° Vara Criminal de Niterói, Região Metropolitana do Rio. Ele é acusado de agredir o enteado, de 4 anos, em um elevador dentro do condomínio residencial do município.
Duas testemunhas, além do acusado, serão ouvidas, são elas: Jéssica Jordão, ex-companheira de Victor e mãe da vítima, e o síndico do prédio, quem flagrou as agressões pela câmera de segurança. Contra Victor, há seis inquéritos abertos.
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Até o momento, só a Jéssica prestou depoimento. O processo tramita em segredo de Justiça e a imprensa não pode acompanhar a sessão.
"Espero que a justiça seja feita, que ele seja condenado pelo crime que ele cometeu, não só por esse, mas por todos. Ele tem um currículo bem grande de agressão", disse a mulher após depor.
Ela afirmou que houve momentos de incômodo durante o julgamento e que o advogado do rapaz interrompeu em diversos momentos.
"Foi um pouco incômodo, o advogado dele tentou arrumar confusão, demorou esse tempo inteiro porque toda hora a audiência teve que ser parada por confusões do advogado dele tentando alegar coisas que não faziam sentido", afirmou.
Jéssica ainda garantiu que seu filho, a vítima agredida pelo acusado, está bem: "Ele tá bem, na medida possível, tá sendo cuidado. A gente tá tentando mostrar que tudo que ele passou foi errado e que ele não vai passar de novo".
O caso aconteceu em fevereiro deste ano, mas só veio a público em setembro, após um síndico do prédio fazer a denúncia ao ver as agressões por imagens da câmera de segurança do elevador. Possobom está preso no Presídio ISAP Tiago Teles de Castro Domingues, em São Gonçalo.
Jéssica também tem uma filha de 1 ano com o acusado e relatou que não sabia das agressões e, quando ficou sabendo do que acontecia, tentou sair de casa, mas Possobom impediu a fuga.
Prisão preventiva
A prisão preventiva de Possobom foi mantida no dia 18 de setembro. A decisão do juiz Antônio Luiz da Fonsêca Lucchese ocorreu em audiência de custódia na Central de Custódia de Benfica.
A prisão preventiva foi decretada no dia 16, após o acusado se entregar a Polícia, na 77° DP (Icaraí). O Tribunal de Justiça havia aceitado o pedido da prisão expedido pelo Ministério Público do Rio pelo crime de tortura.
Audiência de custódia
Após o caso tomar repercussão, a filha de 1 ano do acusado e de Jéssica passou por uma sessão de ação de guarda provisória.
A Justiça determinou que a criança a bebê vai ficar com a mãe de sexta a segunda, e nos outros dias com a avó paterna, Estela Pinho.
A juíza Jussara Maria de Abreu Guimarães, da 1° Vara de Família de Niterói, determinou que Possobom não tenha nenhum contato com a criança. Além disso, na época da decisão, buscas foram feitas na casa da mãe do acusado para saber quem costuma frequentar o local.
Outras Agressões
Está não é a primeira vez que Victor é acusado de agressão. Em 2013, ele agrediu a mãe e uma ex-namorada. Em 2017, também consta outra acusação pelo mesmo crime. Além da criança de 1 ano, o acusado tem outro filho, mas a Justiça decretou a perda do poder familiar dele da criança, cujo qual é o genitor, ainda não se sabe por qual motivo.
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