Justiça
Professora de escola particular de Rio Bonito é presa por engano
O crime aconteceu quando ela tinha 10 anos de idade
A professora de matemática Samara Araújo, de 23 anos, ficou oito dias presa injustamente, por um erro da Justiça. Ela foi presa na semana passada em Rio Bonito, no momento em que dava aula particular. Contra ela havia um mandado de prisão.
A professora foi acusada pelo crime de extorsão cometido há 13 anos, quando ela tinha apenas 10 anos, o que pela lei é proibido, porque um menor não responde a crimes.
De acordo com a defesa de Samara, ela teve o CPF roubado quando ainda era criança, e o documento foi usado pelos criminosos para abrir as contas bancárias.
Em 2010, um comerciante de São Francisco, na Paraíba, acabou fazendo uma transferência bancária no valor de R$ 8 mil para contas informadas por um criminoso que estava coagindo a vítima por telefone. Durante a ligação, o criminoso disse que estava armado na frente da loja e que mataria o comerciante se caso o valor não fosse transferido.
As investigações mostraram que uma das contas estava no CPF de Samara, que mora a mais de 2 mil quilômetros de distância do local do crime.
Ela, que acabou de se formar na graduação de Matemática da Universidade Federal Fluminense (UFF), não pôde ir à formatura porque estava presa. Nos dias em que ficou presa, sofreu com a ausência de ver o filho, um menino de 2 anos.
A Polícia Civil do Rio disse que apenas cumpriu o mandado de prisão e que a investigação é da polícia da Paraíba.
O Ministério Público da Paraíba afirma que se manifestou favorável à defesa assim que ficou ciente do caso, na última terça-feira (28). O órgão confirmou que o grupo criminoso usava CPF de terceiros.
Já o Tribunal de Justiça da Paraíba disse que o alvará de soltura foi expedido e que o próprio advogado de Samara agradeceu o empenho da Justiça em solucionar o caso.
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