Segurança
Presos do Rio podem ser transferidos para cadeias federais
Pedido foi feito por Cláudio Castro em reunião no MPRJ
O governador Cláudio Castro (PL) se reuniu com o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, no Centro do Rio, nesta quarta-feira (11). No encontro, o governador disse que uma lista será montada pelas forças estaduais, além de promotores e procuradores da área para a transferência de presos do Estado para presídios federais.
“O Ministério Público irá participar. Teremos um critério claro e sério na escolha dos líderes que serão transferidos. Quando saímos daqui integrados, temos mais possibilidade de sucesso e repito: não há lugar nesse Estado que não entremos. Continuaremos com inteligência e investigação, mas, se necessário, usaremos a força dentro da lei e das regras, mas não deixaremos de usar”, afirmou o governador.
Ainda não há uma data para isso ocorrer, mas, segundo Castro, a lista e o pedido já estão sendo montados e as equipes determinadas já estão envolvidas. O processo, ao final, ainda terá que passar pelo judiciário.
Castro ainda parabenizou a Polícia Federal pela ação que resultou na apreensão de 47 fuzis em uma casa alugada na Barra da Tijuca.
Ele também citou que a operação que ocorre há três dias na Maré vem sendo um sucesso. “Um prejuízo na casa dos R$ 20 milhões para as organizações criminosas, sem mortes, com prisões e sendo uma das operações mais tecnológicas da história, com o uso de drones, câmeras corporais, muita inteligência e organização”, afirmou o governador.
Operação Maré
O governador contou que a visita ao Ministério Público também tem a ver com essa operação. “Além disso, o olhar para o futuro e, por isso, essa vinda ao Ministério Público hoje (…) A continuidade das operações com a fiscalização do Ministério Público para termos a transparência necessária para a sociedade do que está sendo feito, mas também atacar essas organizações criminosas no coração dela, que é o dinheiro. A asfixia financeira é fundamental para diminuir o poder bélico deles, inclusive, em comércios e empresas que fiquem nesses locais para entender quem possa estar fazendo lavagem de dinheiro para milícia e para o tráfico. (…) Vamos continuar buscando criminosos para cumprir esses mandados”, afirmou ele. Não há um prazo para o fim dessas ações, depende do setor de inteligência das autoridades envolvidas.
Ele também ressaltou que não acredita que as informações da operação na Maré foram vazadas.
Castro acredita que a prisão de um policial militar nas recentes operações é considerado corrupção. “Um agente público que foi corrompido pelo tráfico. Se a investigação chegar em qualquer um, seja policial ou político ou um agente, ela (a investigação) vai vim para o Ministério Público e, sem distinção, serão presos da mesma forma”, contou ele.
Sobre as denúncias de invasões sem mandado de casas na operação desta terça-feira na Maré, Castro afirmou que qualquer morador pode enviar para a Corregedoria, que será analisado e punido se necessário. As denúncias podem ser feitas pelo 190 também. “Um mau policial será tão punido quanto o criminoso. Policiais tem que fazer seus trabalhos dentro da lei. Por isso, temos as câmeras que monitoram e ajudam a inibir situações como essa”, concluiu.
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