Polícia
Presidiário 'Tiktoker' é transferido para Complexo de Gericinó, no Rio
Um homem, que estava cumprindo pena no presídio Dalton Crespo, em Campos do Goytacazes, foi transferido para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como 'Bangu 1', nesta terça-feira (2), após gravar a divulgar vídeos nas redes sociais.
As imagens 'viralizaram' e o 'influencer prisional' foi descoberto durante uma revista geral na unidade, na tarde desta segunda-feira (1º). A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) disse que o preso sofrerá as "medidas disciplinares".
A secretaria também destacou que, durante a revista no local, foram encontrados 17 celulares, 13 chips, além de uma pequena quantidade de drogas e outros itens não permitidos, que não foram divulgados. O material apreendido foi encaminhado para a Delegacia de Campos (134ª DP) para realização de registro de ocorrência.
Em nota, a SEAP afirmou que "a corregedoria do órgão irá apurar, com rigor, o ingresso do material não permitido".
"A atual gestão tem realizado, com frequência, operações para impedir o ingresso de materiais ilícitos nas unidades prisionais fluminenses", disse no comunicado.
O secretário de Administração Penitenciária, Fernando Veloso, afirmou não ser tolerável uma ocorrência como essa.
"Já iniciamos um procedimento de apuração com a Corregedoria, que irá apurar a ocorrência com o máximo rigor que a lei permitir. É intolerável que os presos continuem tendo acesso ao mundo exterior. Vamos intensificar as ações de repressão e punir quando descobrirmos os envolvidos no ingresso desses materiais não permitidos na unidade", concluiu.
Interação nas redes sociais
O primeiro vídeo foi publicado no TikTok no dia 29 de setembro. As imagens mostravam um evento em que o preso legendou como "Noite de paz Macaé", mas foi apenas no dia 10 do mês passado que ele começou a postar a rotina na prisão.
O primeiro vídeo do preso alcançou quase 500 mil visualizações. São imagens de lençóis, de detentos, além roupas penduradas. Ele também postava a sua alimentação e, em um dos vídeos, as imagens mostravam ele preparando um misto quente dentro da cela.
Além das publicações, a interação com os seguidores também era uma rotina do presidiário, que chegava responder comentários.
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