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    Justiça

    Policiais federais serão ouvidos por carta no caso João Pedro

    Em maio de 2020, o adolescente foi morto com um tiro de fuzil

    Publicado 17/11/2022 às 7:45 | Atualizado em 17/11/2022 às 8:07 | Autor: Enfoco
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    Familiares pedem por justiça pela morte do menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos
    Familiares pedem por justiça pela morte do menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos |  Foto: Lucas Alvarenga

    Duas testemunhas foram ouvidas, na tarde desta quarta-feira (16), em audiência de instrução e julgamento do processo que apura a morte de João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos.

    Em maio de 2020, o adolescente foi morto com um tiro de fuzil durante operação conjunta das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. 

    A pedido da defesa, outras seis testemunhas, policiais federais, serão ouvidos por carta precatória. Essa é uma forma de comunicação entre juízos, que estão em estados diferentes, com objetivo de cumprir algum ato processual.

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    A audiência desta quarta, que teve duração de aproximadamente três horas, foi conduzida pela juíza Juliana Grillo El-Jaick, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. São acusados pelo crime os policiais civis Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister.

    A primeira testemunha a depor foi uma adolescente de 17 anos, amiga da vítima. Ela e outros jovens estavam na casa em que João Pedro foi baleado.

    A menina contou que os amigos estavam no quintal, quando ouviram barulhos de helicóptero e tiros. Os adolescentes correram para se abrigar na casa e viram os policiais chegarem pelas entradas da frente e dos fundos e atirarem. João Pedro foi atingido e caiu. A adolescente disse, também, que viu um homem, usando touca e colete, pular o muro.

    A segunda testemunha a ser ouvida foi um pedreiro que trabalhava em um terreno da região. Ele relatou que, por volta das 14h, viu pelo menos três helicópteros e ouviu tiros. O homem mostrou o instrumento de trabalho aos policiais e seguiu andando, com as mãos na cabeça, em direção à casa do irmão, que fica em frente à residência em que João Pedro foi morto. Lá se trancou no banheiro, assustado com os tiros.

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