Julgamento
Policiais federais são ouvidos em nova audiência do caso João Pedro
O menino de 14 anos foi morto durante uma operação no Salgueiro
Uma nova audiência do caso João Pedro irá ocorrer nesta quinta-feira (24), em São Gonçalo. Dessa vez, cinco policiais federais serão ouvidos como testemunhas. A terceira audiência do caso está agendada para o início desta tarde e tem como objetivo esclarecer o que levou à morte do menino de 14 anos baleado dentro de casa durante uma operação no Complexo do Salgueiro. O caso é julgado pela juíza Juliana Bessa Ferraz, titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
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João foi morto em maio de 2020 durante uma operação das polícias Civil e Federal. Ele estava com os amigos, brincando, quando foi atingido na barriga pelos disparos. A casa em que ele estava com outras crianças foi metralhada. O corpo de João ainda foi retirado do local pelos policiais, ficou desaparecido e só foi encontrado horas depois pela família no Instituto Médico-Legal de São Gonçalo. Mesmo após todo esse tempo, a investigação ainda não foi concluída.
"Três anos já se completando. Não está sendo fácil e não foi fácil chegar até aqui. Hoje a minha família deixou de viver o luto para viver a luta por Justiça, infelizmente a nossa Justiça é demorada, muitas das vezes falhas, mas temos esperança que ela vai ser feita. Infelizmente nada vai trazer o João Pedro de volta. A dor e a saudade são imensas. Estamos aguardando a Justiça fazer o seu devido papel", afirmou Neilton da Costa, pai de João.
Rafaela Mattos, mãe do adolescente, explica que o mês de maio se tornou ainda mais difícil por ser o Dia das Mães e aniversário de morte do garoto.
“Esses três anos sem o meu filho têm sido anos bem difíceis. Essa busca por Justiça tem sido uma busca incansável. Essa Justiça que é lenta, nos mata aos poucos, mas esperamos que a Justiça faça a parte dela e que esses policiais vão a júri popular porque só assim nós vamos conseguir retomar a nossa vida e viver o nosso luto. Esse mês tem sido bem difícil, pois é comemorado o Dia das Mães e o mês que completa mais um ano da morte do meu filho”.
Três policiais civis lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) – Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister – são acusados pelo crime de homicídio qualificado.
A família e testemunhas ouvidas em audiências anteriores afirmam que criminosos não estavam próximo da casa em que João estava e que a polícia chegou atirando. A polícia diz que criminosos estavam pulando o muro da residência.
Uma outra audiência do caso está agendada para o dia 12 de julho.
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