Investigações
Polícia pede apreensão de presente dado ao filho de Adriana Belém
Carro blindado é alvo de investigações sobre lavagem de dinheiro
A Corregedoria da Polícia Civil pediu nesta sexta-feira (20) a apreensão do carro blindado, modelo Jeep Compass, que a delegada Adriana Belém, presa no último dia 10, deu para o seu filho de 18 anos. De acordo com as investigações, há suspeita de lavagem de dinheiro na compra do veículo. A Justiça irá analisar o pedido da Civil.
O carro foi comprado em fevereiro deste ano e custou R$ 181 mil em dinheiro, de acordo com o inquérito. Segundo a Civil, o veículo foi registrado no nome de uma empresa de um sobrinho da delegada.
“Os indícios apontam para uma possível dissimulação de bens adquiridos com proveito supostamente de infração penal. Pelo menos um automóvel, um Jeep Compass, dado por Adriana ao seu filho de presente de aniversário, no valor de 180 mil reais, pertencente à delegada de polícia e estaria vinculado a uma pessoa jurídica”, explicou o delegado Marcos Buss ao g1.
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O responsável pelo caso ainda contou que a prática de colocar o registro no nome de uma empresa é bastante comum para quem está lavando dinheiro.
A Corregedoria também investiga a blindagem do carro, que custou R$ 55 mil. A forma como foi organizada o pagamento dessa blindagem continua sendo alvo de investigação.
Prisão
Alvo da Operação Calígula, a delegada de Polícia Civil Adriana Belém foi presa no início da tarde do dia 10. A ordem de prisão partiu da 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Horas antes, agentes do Ministério Público do Rio encontraram cerca de R$ 2 milhões em dinheiro na casa da policial.
Na decisão, o juiz Bruno Monteiro Ruliere afirma que "O gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva".
Adriana Belém é conhecida por ter extensa amizade com jogadores e artistas. Entre os famosos, estão os ex-jogadores de futebol Edmundo e Adriano Imperador.
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O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) manteve a prisão da delegada em audiência de custódia realizada de forma virtual o dia 11. A juíza Daniele Lima Pires Barbosa negou o pedido da defesa da acusada para o relaxamento da prisão e concessão de liberdade provisória.
De acordo com a juíza, há provas consistentes para a manutenção da prisão da delegada por causa dos valores em espécie apreendidos em sua residência.
“É evidente que a vultuosa quantia apreendida em poder da custodiada, aliada a denúncia ofertada pelo Ministério Público por corrupção passiva, onde foi narrado que a custodiada receberia valores para liberar a ação de caça níqueis, indicam que ela estaria ocultando e/ou dissimulando a origem e movimentação desses valores provenientes de infração penal", diz a decisão.
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