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Polícia investiga vídeos com fuzis em baile com MC Poze; assista
Imagens viralizaram após a morte de um policial na comunidade

A Polícia Civil investiga um baile funk realizado entre a noite de sábado (17) e a madrugada de domingo (18) na comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. A festa, que contou com a apresentação do cantor MC Poze do Rodo, foi marcada pela presença de criminosos armados, conforme vídeos que circularam nas redes sociais.
A investigação ocorre na mesma comunidade onde o policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), José Antônio Lourenço Júnior, foi morto nesta segunda-feira (19).
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) investiga o caso. Por meio das imagens, os agentes buscam identificar os homens armados que aparecem no vídeo, além de tentar descobrir quem financiou a festa, que foi divulgada como "o maior baile do Rio".
Este não é o primeiro evento que MC Poze se apresenta com a plateia de traficantes armados. Em 2020, também circularam vídeos de um baile no Jacaré, onde a situação foi semelhante.
Após polêmicas anteriores, o cantor costuma declarar em vídeos nas suas redes sociais que realiza shows em comunidades a convite do público, ressaltando que seu objetivo é levar "alegria para o povo da favela".
Operação e morte de agente da Core
As imagens do evento se espalharam rapidamente após um dia de intensos tiroteios na Cidade de Deus e a morte de um agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), nesta segunda-feira (19).
Policiais realizavam uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão relacionados a uma investigação sobre a venda de gelo contaminado nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio. Durante a ação, o policial José Antônio Lourenço Júnior foi baleado na cabeça e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos.
Após a morte do agente, a polícia intensificou as buscas pelos criminosos envolvidos. Até o momento, cinco suspeitos foram detidos na Cidade de Deus e na Gardênia Azul. O tiroteio ao longo do dia também causou o fechamento da Linha Amarela, no sentido Fundão, e alterou o itinerário de diversos ônibus para garantir a segurança de passageiros e motoristas.
José Antônio, que estava na corporação desde 2015, atuou em diversas delegacias, incluindo as de homicídios da Capital e Baixada Fluminense, além do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro. Seu sepultamento está marcado para o início da tarde desta terça-feira (20), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste.


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