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    CRIME

    Polícia investiga se 30 mulheres foram vítimas do anestesista

    Mais um hospital, onde ele trabalhou, também vai fornecer dados

    Publicado 14/07/2022 às 15:32 | Atualizado em 14/07/2022 às 15:47 | Autor: Tiago Souza
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    "Vamos continuar identificando outras pacientes"
    "Vamos continuar identificando outras pacientes" |  Foto: Lucas Alvarenga

    A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Proteção à Mulher (DEAM) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, investiga se 30 pacientes do Hospital da Mãe, em Mesquita, podem ter sido vítimas do médico anestesista Giovanni Quintella, de 31 anos. Mais um hospital, onde ele trabalhou, também vai fornecer dados para ajudar com as investigações.

    "Vamos continuar identificando outras pacientes. Precisamos investigar, fazer uma triagem para saber qual foi o tipo de procedimento em cada uma delas. A direção de um outro hospital onde Giovanni trabalhava já se colocou à disposição para fornecer informações. Toda essa ação criminosa é algo repugnante, algo que nós não imaginávamos que pudesse acontecer porque foi um abuso de poder", disse.

    A paciente que foi violentada pelo anestesista teve que fazer o uso de um coquetel para prevenir qualquer risco para sua saúde. A delegada quer saber se outras duas mulheres também tomaram coquetel já que a equipe do hospital descobriu o caso do estupro com a terceira paciente do dia a fazer a cirurgia. Elas são esperadas para prestar depoimento ainda nesta quinta-feira (14) na DEAM.

    A delegada conversou por telefone com a vítima do estupro na última quarta-feira (13). Segundo Lomba, apesar de ainda estar muito abalada e chorando muito, a mulher disse que tem condições de prestar depoimento. O interrogatório pode ser realizado em outra delegacia para poder preservar a vítima.

    Giovanni Quintella trabalhava há cerca de dois meses no Hospital da Mulher de São João de Meriti, onde foi flagrado abusando da paciente que estava desacordada passando por uma cirurgia de cesárea. O flagrante foi feito por um celular de uma das enfermeiras. 

    De acordo com a Polícia Civil, a equipe médica já estava suspeitando de Giovanni há cerca de um mês por conta das atitudes dele durante as cirurgias. Ele foi autuado por estupro de vulnerável, se condenado pode pegar de oito a 15 anos de prisão. Ele está preso em Bangu 8.

    Esclarecimento

    O médico anestesista tem 15 dias para prestar esclarecimento já que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) emitiu uma solicitação nesta quarta-feira (13).

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