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    Queda

    Polícia divulga conclusão da morte de modelo em boate no Rio

    Suede Oliveira Júnior foi levado ao hospital mas não resistiu

    Publicado 10/10/2023 às 18:26 | Autor: Agnes Aguiar
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    Modelo caiu no vão da escada da boate
    Modelo caiu no vão da escada da boate |  Foto: Reprodução

    A Polícia Civil disse, nesta terça-feira (10), que foi acidental a morte do modelo Suede Oliveira Júnior, de 44 anos, depois dele cair de uma escada na boate Street Lapa, na Lapa, Região Central do Rio. O acidente aconteceu no dia 7 de agosto, ele foi socorrido e encaminhado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no entanto não resistiu aos ferimentos. Após a conclusão divulgada, o caso foi encerrado e será arquivado.

    A médica que realizou o atendimento ao modelo na unidade de saúde, esteve na 5ª DP (Mem de Sá), responsável pelo caso,  também nesta terça, quando ela foi ouvida pelo delegado Deoclécio Assis.

    O delegado informou que o modelo caiu do segundo andar da escada, e não do terceiro, como antes apontado depois de sua morte. Além disso, recentemente, os investigadores receberam o boletim médico que apontava uma perfuração entre uma das pernas e a bacia do modelo, que indicava um ferimento de arma branca. No entanto o machucado foi feito por um copo de acrílico que Suede segurava antes do acidente, disse a Polícia Civil. 

    Imagens de câmeras de segurança registraram o momento da queda. No registro, o modelo chega a descer uma parte do lance de escadas, com um objeto em mãos. Em seguida, é possível ver que Suede para de andar, apoia-se no corrimão e acaba caindo entre o vão do corrimão e o teto do segundo andar.

    Segundo os investigadores, a lesão apresentada ocorreu devido aos copos, já que ele segurava dois em uma das mãos. Suede caiu por cima dos fragmentos desses copos, o que provocou a lesão de aproximadamente três centímetros perto do abdômen.

    Além disso, o delegado explicou que a morte não ocorreu por conta do ferimento, mas por traumatismo craniano. O delegado afirmou que não tem como afirmar ainda se ele estava sob o efeito de bebidas alcoólicas.

    "Ninguém atentou contra a integridade física dele, não há que se falar em homicídio. Do questionamento feito sobre o que a médica escreveu no boletim, ela disse que ele apresentava um corte no quadril e, muito provavelmente, teria sido causada por arma branca. Ela explicou que isso foi o que lhe apareceu, mas ela não atestou a morte. Disse que ele já chegou praticamente morto, apresentando 'roxidão' e uma ferida muito grande na parte de trás da cabeça, com muito sangramento", disse o delegado.

    "Sobre o corte no quadril, ela sugeriu que pudesse ter sido causado por algum objeto cortante. A partir daí, requisitamos um laudo complementar e ao perito do IML se aquele corte foi decisivo para a morte. Ele respondeu que não: ele [Suede] morreu de traumatismo craniano e hemorragia interna. O corte tinha aproximadamente três centímetros e era superficial, não apresentava sangramento ou hemorragia", concluiu.

    Família insatisfeita 

    A mãe de Suede, Ednalda Maria de Oliveira, também esteve na delegacia, acompanhada do advogado e da filha, Natane Silva de Oliveira, para conversar com o delegado. Após a conclusão do caso, elas afirmaram que a situação toda mexeu com a família.

    “Eu não estou satisfeita com o encerramento do caso, ficou muita coisa em aberto. Foi pedido o exame antidrogas, e nós não tivemos o resultado e nem acesso a ele. Ele apresentou essa ferida, só que eles [médica e IML] afirmam que esse corte não afetou nenhum órgão vital. Nós sabíamos disso, no entanto não me garantem que isso não afetou a queda dele. Nós estamos vendo com mais cuidado sobre essa afirmação”, disse Ednalda Maria.

    Em seguida, ela prosseguiu: “Eu não tô dizendo que não pode ter sido acidental, mas eu acredito que esse machucado [do lado direito de uma das pernas]. pode ter contribuído, porque meu filho tinha 1,89 m e o para-corpo tinha 79 cm. Isso pode ter contribuído para a queda. Em momento algum, eu afirmei que não foi acidental. Acredito que se o para-corpo fosse alto, ele não estivesse machucado, isso poderia ser evitado. Mas não sabemos porque isso não foi investigado com precisão. Eu não estou satisfeita, quem perdeu o filho fui eu”, concluiu.

    Já a irmã de Suede, Natane Silva, afirmou que “nas imagens para mim fica claro que ele estava sentindo dor, mancando onde tem a perfuração. No meu entendimento, pode não ter sido o que levou à morte, mas é um dos fatores que podem ter ajudado na morte”.

    Natane disse ainda que a família não recebeu as roupas de Suede. “São coisas para gente que não estão claras. Vamos orar para que tudo seja resolvido”, concluiu a jovem.

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