Investigação
Polícia conclui inquérito do caso Jeff; terceiro é indiciado
Dois homens foram presos pela morte do ator
A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou a morte do ator Jefferson Machado, conhecido como "Jeff". Ao todo, três pessoas foram indiciadas pelo crime, sendo elas: Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga, autores do crime que já estão presos; e Jorge Augusto Barbosa Pereira, que segue em liberdade e é responsável por um centro espírita para onde foram levados os cachorros de Jeff após a morte do ator.
LEIA+: Caso Jeff Machado: mãe do ator diz que tem provas do crime
LEIA+: Caso Jeff Machado: Bruno deu presente de aniversário para ator
LEIA+: Produtor preso por morte de ator usava disfarce para se esconder
LEIA+: 'Posso respirar aliviada', diz mãe de Jeff após prisão de suspeito
Jeff foi morto no dia 23 de janeiro. No entanto, o registro de seu desaparecimento só foi feito na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) no dia 27 de janeiro, depois que seus familiares estranharam a falta de contato com ele.
Depois de meses, o corpo do ator foi encontrado em um baú em uma casa em Campo Grande. O baú era do próprio Jeff, mas a casa em que ele foi encontrado foi alugada por Bruno em dezembro de 2022.
Os agentes iniciaram as investigações, coletaram depoimentos, analisaram imagens de câmeras de monitoramento, realizaram trabalho de inteligência e identificaram dois suspeitos. A DDPA representou pelas prisões dos autores, que foram decretadas pela Justiça. Jeander foi preso no dia 2 de junho, no bairro de Santíssimo, e Bruno foi preso no dia 15 de junho no Vidigal.
O inquérito concluiu que Jeff Machado foi morto por motivo fútil. Segundo as investigações, a vítima foi dopada, asfixiada e estrangulada com um fio de telefone. As investigações revelaram que Bruno dizia que era produtor de uma emissora de televisão e prometeu um papel em uma novela para a vítima. O ator efetuou pagamentos, no valor total de R$ 25 mil, para conseguir a vaga e não percebeu que estava sendo enganado. Após constatar que não conseguiria continuar mantendo a farsa e obtendo vantagens financeiras, Bruno decidiu matar Jeff Machado.
A DDPA concluiu que Bruno tentou vender o carro de Jeff e efetuou compras com os cartões da vítima, totalizando R$ 7 mil. Os autores também furtaram telefones, notebook, jaquetas de couro e televisão do ator. Para encobrir o assassinato, Bruno teve acesso ao telefone de Jeff e manteve contato com a mãe dele e amigos, se passando pelo ator. Ele também utilizou as redes sociais da vítima para fazer postagens falsas.
Segundo a DDPA, Bruno de Souza Rodrigues foi indiciado pelo cometimento de oito crimes: homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e por impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; estelionato e tentativa de estelionato; furto; invasão de dispositivo informático; maus-tratos a animais e falsa identidade. Jeander Vinicius da Silva Braga foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e por impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver e maus-tratos a animais.
Após a morte de Jeff, os oito cachorros do ator foram levados para um centro espírita que fica em Palmares, onde os animais permaneceram em condições de maus-tratos físicos e psicológicos. Depois, os cachorros foram abandonados na rua, o que também despertou atenção dos parentes e amigos da vítima. O responsável pelo local foi indiciado pelo crime de maus-tratos a animais. Ele foi indiciado por maus-tratos a animais.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!