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    À queima-roupa

    PM que atirou em manifestante no Rio é preso por homicídio culposo

    Jefferson Costa, de 24 anos, era morador do Complexo da Maré

    Publicado 08/02/2024 às 20:41 | Atualizado em 08/02/2024 às 21:15 | Autor: Enfoco
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    Em comunicado, a PM afirmou que 'o fuzil de um dos policiais disparou'
    Em comunicado, a PM afirmou que 'o fuzil de um dos policiais disparou' |  Foto: Reprodução

    O policial militar envolvido no episódio que resultou na morte de Jefferson de Araújo Costa, de 24 anos, durante uma manifestação no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, foi preso na noite desta quinta-feira (8). O cabo da PM Eduardo Gomes dos Reis responde pela acusação de homicídio culposo, caracterizado quando não há a intenção de matar, segundo informações das autoridades.

    A investigação, inicialmente conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) da Polícia Civil, foi transferida para a Corregedoria da Polícia Militar, onde a conduta do policial será examinada como um crime militar.

    Leia +: Manifestante é morto com tiro à queima-roupa pela PM no Rio; vídeo

    O trágico incidente, registrado em um vídeo que circula nas redes sociais, mostra o momento em que o policial militar aborda Jefferson, simulando um movimento com o fuzil, seguido pelo disparo que atingiu fatalmente a barriga da vítima. O cabo Eduardo Gomes dos Reis, após o ocorrido, deixou o local sem prestar socorro.

    Jefferson participava de um protesto na ocasião e, nas imagens, aparenta estar desarmado. Familiares alegam que ele sofria de problemas psiquiátricos e era usuário de drogas. O policial, em seu depoimento, afirmou que Jefferson segurava uma pedra, versão negada pela família da vítima.

    "Tacaram spray de pimenta no olho dele. Ele foi colocar a mão no olho, quando ele foi colocar a mão no olho, o policial já atirou na barriga dele para matar de fuzil. Aí quando eles terminaram de matar o meu irmão, eles ainda começaram a rir da nossa cara e não ajudaram", declarou Kaylane de Araújo Costa, irmã de Jefferson, ao portal "G1".

    Em comunicado, a PM afirmou que "o fuzil de um dos policiais disparou" e que o local foi preservado para perícia, mas não forneceu esclarecimentos sobre por que o cabo deixou o local sem prestar socorro. O acusado foi transferido para o Batalhão Especial Prisional (BEP) no Fonseca, na Zona Norte de Niterói. 

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