Violência
PM que atirou contra militar do Exército tem prisão preventiva
O magistrado foi contra a alegação da defesa do policial
A Justiça do Rio converteu em preventiva, neste sábado (18), a prisão do cabo da PM David Trancoso Daniel que atirou contra o militar do Exército, William Cardoso, depois de uma discussão em uma boate de Piedade, na Zona Norte do Rio, na madrugada da última sexta-feira (17).
Na decisão, o juiz Rafael de Almeida Rezende entendeu que a manutenção da prisão é necessária para a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal. O magistrado ainda foi contra a alegação da defesa do policial que informa legítima defesa.
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"A tese de legítima defesa sustentada pelo custodiado na delegacia não parece verossímil, pois o mesmo teria se dirigido ao grupo na posse de arma de fogo, intervindo em briga que estava prestes a ser apaziguada e, em determinado momento, disparou contra a cabeça da vítima", diz o juiz.
A Delegacia de Bom Sucesso (21ªDP) ainda investiga o caso.
Relembre o caso
William Cardoso foi baleado na cabeça e encaminhado para o Hospital Pasteur, no Méier. O PM, que é lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacaré, também na Zona Norte, foi levado para o presídio de Niterói, na Região Metropolitana.
Até o momento, a investigação da Polícia Civil aponta que houve uma briga dentro da boate entre militares do exército. O PM teria entrado na confusão na tentativa de controlar a situação e apaziguar.
Em depoimento o PM ainda contou que prestou socorro à vítima ferida. A Corregedoria da Polícia Militar, através da Delegacia de Polícia Judiciária Militar (1ª DPJM), está acompanhando o caso.
Defesa
Ao G1 a advogada do PM, Natália Fonseca, reafirma a versão de que ele agiu em legítima defesa.
"Ele acreditou que estaria numa iminente injusta agressão. Teve uma confusão generalizada, uma briga generalizada, e ele, pra se defender, efetuou o disparo pro alto e aí, infelizmente, esse disparo veio acertar a vítima”, disse a advogada.
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