Desvio
PM é preso acusado de liderar quadrilha de roubo a petróleo no Rio
Militar foi achado em casa em Itaguaí, na Região Metropolitana
Um policial militar acusado pela Polícia Civil de ser o líder de uma quadrilha especializada em furto de petróleo foi preso em casa, em Itaguaí, na Região Metropolitana, na manhã desta quinta-feira (22).
O militar é lotado no 18° BPM (Jacarepaguá) e foi surpreendido pelos agentes que encontraram armas no interior do imóvel. Ele foi levado para a sede da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio.
Polícia apura também se há participação de funcionários terceirizados na atuação criminosa
O PM chegou em uma viatura da Corregedoria da Polícia Militar e não falou com a imprensa.
De acordo com o delegado André Neves, da Delegacia de Defesa do Serviço Delegados (DDSD), uma investigação constatou perfurações em dutos para extração irregular do material.
"Essa operação acontece a partir de uma investigação ao qual foi constatado uma perfuração em um duto da Petrobras para a extração de petróleo. Conseguimos prender três criminosos, incluindo o líder da organização. Há investigações em andamento para apurar quadrilhas que vêm atuando nesse tipo de crimes, que colocam em risco toda a população, pois há um risco altíssimo de explosão. Estamos apurando também os receptadores desse material. Sabemos que parte disso tem a atuação de grupos de milicianos, que atuam na Baixada Fluminense", disse.
A polícia apura também se há participação de funcionários terceirizados na atuação criminosa, já que para perfurar os tubos precisa de uma atuação mais técnica.
"Nós apuramos movimento de funcionários terceirizados, certamente há um apoio técnico de pessoas que entendem desse ramo, porque demanda um conhecimento técnico específico para estar perfurando um duto de alta pressão", contou o delegado.
Segundo a tenente Anne Monteiro, da Corregedoria da Polícia Militar, o cabo preso durante a ação está há pelo menos cinco anos na corporação e a PM vai investigar a participação de outros militares na empreitada criminosa.
"O cabo está aproximadamente há cinco anos lotado no BPM. A partir de agora, com essas investigações, ele pode ser expulso da Corporação. Até o momento não sabemos se há outros policiais envolvidos na ação, mas a corregedoria vem atuando nas identificações dos policiais que possam estar participando da ação", explicou.
Um homem, apontado como motorista do esquema, soube da operação e se entregou na sede da distrital no início da operação.
O objetivo da ação é cumprir 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão na Capital, Nova Iguaçu, Itaguaí, Caxias, Queimados, São João de Meriti e Cachoeiras de Macacu.
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