Epilogue
PM de SG é alvo de operação contra milícia de Tandera
Foram expedidos 13 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão
Um policial militar lotado no 7º Batalhão (São Gonçalo) foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta (3). Segundo as investigações, ele é acusado de integrar parte da chamada 'milícia do Tandera', que comanda a Zona Oeste do Rio.
A ação, desencadeada pela Polícia Civil e Ministério Público, com o apoio da Corregedoria da PM, teve ainda outras cinco prisões.
Segundo a polícia, os alvos da Operação Epilogue são pessoas ligadas à quadrilha do miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, um dos mais procurados do Rio. Ao todo, foram expedidos 13 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão.
Procurada, a PM informou que a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) atuaram em conjunto para cumprimento de mandado de busca e apreensão em desfavor de um policial militar no município de São Gonçalo nesta quarta-feira (3).
A 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), unidade subordinada à Corregedoria Geral de Polícia Militar, participou da diligência. Um celular e uma agenda foram apreendidos.
De acordo com as investigações, a quadrilha é responsável por extorsões, homicídios, ameaças, grilagem de terras, agiotagem, exploração ilegal de areais, lavagem de dinheiro, entre outros crimes, principalmente nos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Queimados e Seropédica.
As investigações também revelaram a formação de uma “coalizão” entre candidatos a cargos eletivos para as eleições de 2020, na região da Baixada Fluminense, e os líderes da "milícia do Tandera".
A Polícia Civil afirma que ao longo das investigações foi possível apurar que a quadrilha vem, por meio da prática de atos violentos e da imposição do terror, afirmando sua dominância sobre moradores e comerciantes das regiões onde atuam.
Os policiais localizaram vídeos com cenas de tortura e execuções sumárias, praticadas de forma cruel. Os milicianos também contam com uma estrutura hierárquica bem delineada, com divisão de funções e tarefas entre seus integrantes.
Nos últimos anos, a associação criminosa passou a atuar de forma ainda mais complexa, buscando expandir seus negócios por meio da infiltração no poder público. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital e a ação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
O Gaeco ofereceu denúncia contra 17 integrantes da quadrilha, dentre os quais estão os milicianos Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, e Gilson Ingracio de Souza Junior, o Juninho Varão, bem como outros integrantes da organização, sendo alguns deles pessoas ligadas à política local.
Entre os alvos está ainda o denunciado Marcelo Morais dos Santos, conhecido como Grande, que apesar de ser figura de destaque na organização criminosa, apresenta-se como empresário. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital e a ação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
Ao longo das investigações foi possível apurar que a organização criminosa vem, por meio da prática de atos violentos e da imposição do terror, afirmando sua dominância sobre moradores e comerciantes das regiões por eles dominadas.
Nas contas de armazenamento cujos sigilos foram quebrados, foram identificados vídeos com cenas de episódios de tortura e execuções sumárias, praticadas de forma cruel.
A organização também conta com uma estrutura hierárquica bem delineada, com divisão de funções e tarefas entre seus integrantes. Nos últimos anos a associação criminosa passou a atuar de forma ainda mais complexa, buscando expandir seus negócios espúrios por meio da infiltração no poder público.
Núcleo Político
Por meio das quebras de sigilo de dados telemáticos autorizadas judicialmente foi identificada a gravação de uma reunião entre a alta cúpula da organização criminosa e pré-candidatos à Prefeitura dos municípios de Nova Iguaçu, Queimados e Seropédica. Em troca do apoio político da milícia em suas campanhas eleitorais, os pré-candidatos, já denunciados, prometeram entregar aos criminosos Secretarias de Governo, nomeações para cargos públicos, além de beneficiá-los em licitações fraudulentas.
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