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    Violência

    PM acusado de matar vendedor em Niterói vai a júri popular

    Caso aconteceu em março em frente à estação das Barcas

    Publicado 21/12/2022 às 11:59 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    Caso aconteceu em frente à estação das Barcas
    Caso aconteceu em frente à estação das Barcas |  Foto: Arquivo / Alex Ramos

    A Justiça decidiu que o policial militar Carlos Arnaud Baldez Silva Júnior vai a júri popular. Ele é acusado de matar com um tiro o vendedor ambulante Hyago Macedo de Oliveira Bastos, em fevereiro de 2022, em frente à estação das Barcas, no Centro de Niterói. A audiência foi marcada pela juíza Nearis dos Santos Arce para o próximo dia 16 de março, às 13h. 

    Segundo o documento, serão ouvidas três testemunhas de defesa e quatro de acusação. Vigilantes da empresa também devem comparecer e as imagens de câmeras de segurança foram analisadas pela polícia. 

    O crime teria sido cometido, segundo descrito, por “motivo fútil, decorrente de uma discussão banal, visto que a vítima vendia balas e importunava os usuários das barcas que aguardavam na fila da bilheteria, pedindo-lhes dinheiro.” 

    Ainda de acordo com o texto, no dia dos fatos, a vítima “vendia balas e pedia dinheiro aos usuários das barcas que estavam na bilheteria. Em determinado momento, ele abordou uma senhora que estava no caixa e disse 'Se eu estivesse armado, você estaria me dando tudo'. Um dos passageiros, incomodado, olhou para a vítima, que o encarou, proferindo as seguintes palavras: 'Tá olhando por quê? Tem alguma coisa a ver com isso, seu cu***, quer chamar a polícia, chama lá!'

    Naquele momento, o acusado, policial militar vestido à paisana que estava na fila, interveio. Iniciou-se uma discussão entre vítima e denunciado, que sacou uma arma de fogo e deu voz de prisão para Hyago, o qual o desafiou de forma repentina, projetando seu corpo para a frente. O acusado, então, disparou contra a região peitoral da vítima, que caiu em seguida, morrendo no local.

    "Ressalte-se que não houve agressão física entre os envolvidos e Hyago não estava armado, sendo a reação do denunciado desproporcional aos fatos praticados pela vítima.” O acusado foi preso no mesmo dia e levado para a 76ª DP (Niterói).

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