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    Investigação

    PM acusado de atirar em mulher no Alemão é afastado

    Eduardo Nunes Rodrigues assumiu o disparo em depoimento

    Publicado 29/07/2022 às 14:50 | Autor: Enfoco
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    Letícia Marinho trabalhava como vendedora de quentinhas.
    Letícia Marinho trabalhava como vendedora de quentinhas. |  Foto: Arquivo Pessoal

    O cabo Eduardo Nunes Rodrigues, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Parque Proletário, foi afastado pela Polícia Militar após virar suspeito de ser o autor do disparo que matou a cozinheira Letícia Marinho Sales, de 50 anos, em uma operação realizada no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, na última quinta-feira (21).

    De acordo com o depoimento de Eduardo na delegacia, divulgado pelo jornal Extra, o policial contou que realizava um policiamento na região do Alemão quando dois carros pararam lado a lado em um sinal. Letícia Sales estava em um dos veículos. Outros dois policiais militares estavam no segundo automóvel. 

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    Nesse momento, um dos policiais teria saído do veículo para se identificar, mas Eduardo informou aos investigadores que não ouviu a identificação e atirou doze vezes contra o carro ao pensar que se tratava de um bandido. Um desses disparos atingiu Letícia. Ela foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão, mas não resistiu aos ferimentos.

    Além da mulher, a ação policial deixou 17 vítimas fatais, sendo 16 suspeitos e o cabo Bruno de Paula, de 38 anos. O caso está sendo investigado sob sigilo.

    Relembre o caso

    Letícia foi baleada dentro do veículo modelo Fiat Siena, de cor prata, conduzido pelo seu namorado. Familiares denunciam que o tiro teria sido efetuado por um policial militar na Estrada do Itararé, principal via da região.

    "Eu estava indo para o trabalho, parei o carro no sinal, estava com os vidros abertos, tinham muitos policiais. Assim que parei, o carro foi alvejado. Não foi bala perdida, foi de propósito, ela levou um tiro no peito. Eu abaixei e saí gritando que tinha pessoa ferida no carro. Em seguida, eu e meu primo levamos ela para a UPA", disse o namorado da vítima, o pedreiro Denilson Glória, de 50 anos.

    A cozinheira era moradora do Recreio dos Bandeirantes e seguia para casa quando foi baleada. Ela deixa três filhos adolescentes.

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