Plano frustra ida de Rogério 157 para o Rio; policial é preso

Um plano para transferir o traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, de um presídio de Rondônia para o Rio foi frustrado por agentes da Corregedoria-Geral e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil na manhã desta terça-feira (17).

Dos três, dois mandados de prisão foram cumpridos, sendo o do próprio traficante e do advogado Josué Ferreira dos Santos. O policial civil Mario Augusto Bernardo Junior também foi preso em casa, em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói. 

Segundo as investigações, o esquema previa aliciar o analista responsável pela avaliação de risco da transferência. O plano era atrasar a entrega de documentos. 

"A informação chegou por intermédio da própria subsecretaria de inteligência. Assim que os agentes foram acionados, tomaram as providências cabíveis. Ao que tudo indica, a ideia seria atrasar o encaminhamento de um dos relatórios, e assim, possibilitar que o advogado articulasse com o poder judiciário e então conseguir trazer o Rogério para o Rio" disse o delegado Marcos André da corregedoria de Polícia Civil do Rio. 

Diante da enorme gravidade do caso a Corregedoria da Polícia Civil entendeu que seria o caso de pedir a prisão preventiva de todos. O pedido foi acolhido pela vara da juíza de Niterói

Toda a proposta do esquema foi gravado pelo próprio interlocutor que denunciou o caso de vantagem indevida. Além de Rogério 157, segundo as investigações, o esquema tinha planos de trazer outros presos para o Rio. Os nomes dos presos não foram divulgados.

"Seria uma tentativa de corromper os agentes da subsecretaria de Polícia Civil para que não se estabelecesse o esquema de manipulação de um poder judiciário que se refere à movimentação desses presos em território nacional", disse Marcos André 

Rogério 157 foi chefe do tráfico da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Ele segue preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, desde 2018. O criminoso tem quatro condenações na Justiça por crimes como tráfico e corrupção e acumula uma pena de 61 anos de reclusão.